Repórter / jafonso@redegazeta.com.br
Repórter / jbarbosa@redegazeta.com.br
Repórter / labrantes@redegazeta.com.br
Publicado em 28 de abril de 2025 às 15:24
No final da tarde de domingo (27), um grave acidente na BR 101, em Anchieta, no Sul do Estado, deixou três mortos e 26 feridos. O trecho onde o ônibus e a carreta colidiram fica no km 361, que ainda não tem duplicação. A previsão é que essa situação mude com a repactuação do contrato da rodovia, que estabelece mais de R$ 10 bilhões em investimentos voltados para melhorias em 478,7 quilômetros da via. Desse montante, R$ 7 bilhões são para duplicações e outros R$ 3,3 bilhões para ações operacionais.
O trecho da BR 101 que passa por Anchieta está entre os que devem ser duplicados logo no início da entrada em vigor do plano da nova gestão da rodovia, que está com um leilão de sua concessão marcado para 26 de junho. Nos projetos futuros, devem entrar a duplicação de 169 quilômetros, elaboração de 41 quilômetros de faixas adicionais, 15 quilômetros de contornos, 35 quilômetros de rodovias marginais, 40 passarelas para travessia de pedestres e dois pontos para parada e descanso de motoristas.
Através de portaria divulgada ainda em 2023, o Ministério dos Transportes já definiu, entre outros procedimentos, que a BR 101 ainda pode receber novas obras, além das já anunciadas, em consequência do desenvolvimento de determinadas regiões.
Apesar dos investimentos em duplicações, cerca de 150 quilômetros devem ficar de fora. Na nova proposta, esse trecho não terá intervenção para garantir faixa dupla de trânsito nos dois sentidos. Na prática, a parte que não será duplicada fica no Norte do Estado, de Linhares, antes do trecho de Sooretama — que não tem permissão ambiental de duplicação em função de passar pela Reserva Biológica de Sooretama — até o extremo Norte, na divisa com a Bahia.
Na região de Sooretama, a BR 101 corta a reserva florestal em um trecho de 25 km que, segundo a legislação federal, não pode passar por intervenções que impactem a natureza no local. Nesse trecho ao Norte de Linhares serão feitos, no lugar das duplicações, 41,4 quilômetros de faixas adicionais.
De acordo com o Ministério dos Transportes, no caso de ativos rodoviários como a BR 101, os contratos de concessão se estendem por décadas e, naturalmente, muitas das premissas econômicas, financeiras, sociais, técnicas e de performance podem não se materializar de forma satisfatória ao longo dos anos.
Para sanar tais problemas, a via que corta todo o Estado é alvo da modernização de seu contrato de concessão, através de um diálogo entre diferentes órgãos públicos, com supervisão do Tribunal de Contas da União (TCU).
“A transferência do controle acionário da Ecovias 101 representa um marco para a gestão da BR 101/ES/BA. Com investimentos robustos, regulação aprimorada e um novo operador comprometido com a qualidade do serviço, a rodovia promete oferecer melhores condições para quem depende dela diariamente. A expectativa agora está na melhoria à altura dos desafios da rodovia, garantindo um futuro mais seguro e eficiente para motoristas, transportadores e passageiros”, como destaca a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O processo de otimização contratual da BR 101 prevê a duplicação de um total de 172,8 quilômetros.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta