Publicado em 10 de julho de 2020 às 12:18
O volume de serviços prestados no Espírito Santo caiu 13,2% em maio, segundo apresentou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10). A comparação é feita com o mesmo mês do ano passado. Ainda nesta comparação, a receita obtida caiu 14%. >
De acordo com o IBGE, a maior queda foi observada nas atividades de atendimento às famílias queda de 52,9% , aparecendo na sequência os serviços de profissionais administrativos e complementares (-20,9%). >
Ao analisar os dados, o economista Ricardo Paixão comenta que o setor de serviços, como um todo, foi muito afetado pelas restrições legais estabelecidas pelos governos estaduais e municipais. No Espírito Santo não é diferente. O setor só deve começar a se recuperar quando tivermos uma menor quantidade de mortes e pessoas infectadas, avalia.>
Assim, foram impactos com essa situação profissionais voltados para reparos domésticos, salões de beleza, professores que dão aulas particulares, entre outros. Um dos grandes problemas é que muitos desses profissionais são microempreendedores individuais (MEIs) e não estão conseguindo empréstimos que foram anunciados pelos governos. O dinheiro não está chegando na ponta, completa.>
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A mesma pesquisa do IBGE apresentou que o setor de serviços teve leve reação na comparação com o mês de abril: alta de 1,1% no índice de volume de serviços. Porém, de acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio), José Lino Sepulcri, isso ainda não é algo a se comemorar.>
Maio só teve essa reação porque abril foi muito ruim. Estava tudo fechado. No ano ainda estamos com crescimento negativo, observa.>
A nossa expectativa é que nos próximos meses a situação melhore, principalmente se o governo estadual flexibilizar ainda mais a abertura do comércio. A gente tem a expectativa de que seja permitida a abertura em todos os dias da semana, mas com 6 horas de funcionamento, estima.>
Hoje uma pessoa sai de casa para comprar um sapato, mas não pode aproveitar para comprar um liquidificador que também esteja precisando. Ela tem que sair de casa duas vezes e isso é muito ruim na nossa avaliação. O comércio e os serviços estão com os dedos cruzados para ter essa permissão para funcionar todos os dias, conclui José Lino.>
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