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Gastos em casa durante a pandemia fazem inflação subir 0,56% no ES

Gastos em casa durante a pandemia fazem inflação subir 0,56% no ES

Artigos de residência apresentaram alta de 2,3% em junho. Já produtos e serviços voltados para a habitação tiveram aumento  de 1,58%, segundo o IBGE

Publicado em 10 de julho de 2020 às 10:33

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pedreiro
Materiais para fazer pequenas reformas domésticas ficaram mais caros em junho. (Pixabay)

Os gastos com habitação e artigos de residência fizeram a inflação subir na Grande Vitória em junho. O resultado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,56%. O item Artigos de Residência apresentou alta de 2,3% e o Habitação um crescimento de 1,58%. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço nos preços ocorreu depois de dois meses seguidos de deflação, quando há queda no valor de venda dos produtos pesquisados pelo IBGE.

De acordo com o economista e professor universitário Antônio Marcus Machado, o aumento desses itens é reflexo do isolamento social em razão da pandemia do novo coronavírus. “As pessoas estão procurando adequar seus imóveis para passar mais tempo dentro de casa. Quem tem mais condições está até procurando um novo local, mais amplo, para morar e trabalhar”, comenta.

Nos gastos com habitação destacam-se os aumentos de preço de tinta (2,56%), revestimento de piso e parede (2,85%) e tijolo (2,81%). Há também aumento de produtos voltados para a limpeza dos lares – sabão em pó (2,66%), esponja de limpeza (2,62%) – e também da energia elétrica residencial (4,4%).

“As pessoas dentro de casa precisam manter o ambiente mais limpo. Se saindo para trabalhar era feita uma faxina a cada 15 dias, agora a limpeza precisa ser mais constante já tem mais gente em casa e por mais tempo. Isso também explica o aumento do gasto com energia”, acrescenta Machado.

Na parte dos artigos de residência as maiores altas foram observadas nos aparelhos eletrônicos como televisões (8,72%) e refrigeradores (7,86%).

ALIMENTOS E BEBIDAS

A parte de alimentos e bebidas teve leve aumento em junho: 0,32%. As maiores altas foram no preço da banana da terra (20%) e feijão preto (11%). Por outro lado, o preço da cenoura caiu 25% e o tomate 15%.

O item de alimentação e bebidas, porém, tem sido o responsável pela maior inflação no acumulado do ano. Desde janeiro o preço dos produtos desta área subiu 5,73%, logo na sequência aparecem os gastos com educação, que subiram 5,69%. O índice geral da inflação na Grande Vitória se considerado os preços desde o início do ano está em 0,74%.

INFLAÇÃO NACIONAL

O índice geral da inflação no Brasil ficou em 0,85%. Assim como na Grande Vitória, o preço de produtos ligados à habitação e artigos de residência foram os responsáveis pela alta: 1,67% e 2,71% respectivamente. A inflação acumulada no ano está em 1,18%. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é considerado indicador de inflação oficial do país.

No ano, os preços subiram 0,10% no ano. No acumulado de 12 meses, o índice é de 2,13%, abaixo do piso da meta estabelecida pelo governo para 2020 de 4%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em maio, a deflação foi de 0,38%, menor resultado para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1980. Em abril, os preços caíram 0,31%.

"Houve uma alta nos preços dos combustíveis que chegou nas bombas e impactou o consumidor final. Isso alterou o grupo de Transportes e influenciou no IPCA", detalha Pedro Kislanov, gerente da pesquisa. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta no mês.

Os preços dos combustíveis aumentaram 3,37% em junho, contra redução de 4,56% em maio. O grupo com maior impacto na inflação foi o de alimentação e bebidas, com alta de 0,38%. Segundo o IBGE, alimentos tiveram uma sequência de alta nos últimos meses, por conta do aumento da demanda durante a pandemia da Covid-19.

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Com informações da Folha Press.

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