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Queda nas passagens aéreas faz prévia da inflação ter menor taxa para junho

Queda nas passagens aéreas faz prévia da inflação ter menor taxa para junho

As passagens aéreas recuaram 26,08% na prévia da inflação de junho. Em maio, já haviam registrado -27,08%, segundo a divulgação anterior do IPCA-15

Publicado em 25 de junho de 2020 às 11:30

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Avião
Antes da pandemia, a média de voos diários no país era 2.600. Entretanto, esse número caiu para 180. (Pixabay)

Impactada pelos preços das passagens aéreas, que continuam a cair em meio à pandemia de Covid-19, a prévia da inflação de junho somou 0,02%, o menor resultado para este mês desde 2006, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As passagens aéreas recuaram 26,08% na prévia da inflação de junho. Em maio, já haviam registrado -27,08%, segundo a divulgação anterior do IPCA-15. Assim, o setor puxou o índice deste mês para baixo. Nas duas divulgações anteriores, em abril e maio, o registro havia sido de deflação.

Abril havia sido o pior mês da história da aviação, disse na semana passada ao jornal Folha de S.Paulo Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Em maio, o setor expressou ligeira melhora, mas ainda estava em situação caótica.

Antes da pandemia, a média de voos diários no país era 2.600. Entretanto, esse número caiu para 180. Em maio, subiu para 262, ainda com a malha aérea dez vezes menor do que o período antes da chegada do novo coronavírus. Em junho, esse número subiu para 350.

A pandemia foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 11 de março. A partir da segunda quinzena de março, estados e municípios estipularam restrições à circulação de pessoas, com o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de conter o avanço da doença. Os aeroportos foram alguns dos espaços que mais sentiram o distanciamento social.

Segundo o IBGE, todas as áreas abordadas na pesquisa do IPCA-15 de junho tiveram deflação nos preços das passagens aéreas, variando entre -34,37%, em Belém, e -15,85%, em Fortaleza.

Com o resultado do setor aéreo, o grupo dos Transportes representou o maior impacto negativo na prévia da inflação, sendo o responsável por -0,14 ponto percentual no IPCA-15 divulgado nesta quinta (25).

Outro item do grupo que teve queda foi o preço dos combustíveis, que caiu pelo quarto mês seguido, de -0,34%, bem menor do que os -8,51% de maio. A gasolina variou -0,17%, o óleo diesel -4,39% e o etanol -0,49%.

Na semana passada, a Petrobras aumentou em 5% o preço da gasolina em suas refinarias, ou em R$ 0,07 o litro. Foi o sexto aumento seguido desde o começo de maio, as cotações internacionais do petróleo iniciarem processo de recuperação.

O reajuste no preço da gasolina levou o litro a ser vendido por R$ 1,53, em média, nas refinarias da estatal. Já o diesel chegou a R$ 1,63 o litro, uma alta de 8%, ou R$ 0,12 o litro. Ainda assim, os valores são menores do que os vigentes no início do ano. No acumulado de 2020, a redução do preço da gasolina é de 20,2%, enquanto a do diesel é de 30,2%.

Já no grupo Alimentação e Bebidas, a alta foi de 0,47%, impactando em 0,09 ponto percentual o índice do mês. A alimentação em domicílio cresceu 0,56%, influenciada pelo aumento nos preços da batata inglesa (16,84%), carnes (1,08%), cebola (14,05%) e feijão-carioca (9,38%).

A alimentação fora do domicílio também acelerou 0,26%, puxada pelo item lanche, que chegou a 0,82% de maio para junho.

A alta nos alimentos fez o Rio de Janeiro registrar o maior índice do IPCA-15, com 0,27%. Quatro três das 11 regiões pesquisadas apresentaram deflação em junho, sendo o menor resultado na região metropolitana de Belém (-0,20%).

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