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Saiba o que fez o ES subir no ranking de competitividade do país

Saiba o que fez o ES subir no ranking de competitividade do país

O Estado tornou-se o 6º mais competitivo do Brasil,  porém ainda tem desafios a enfrentar para chegar ao top 5

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 20:37

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Espírito Santo é o 6º Estado mais competitivo do país em 2019, alcançando duas posições acima do ranking de 2018, quando figurava na 8ª colocação.  A escalada no Ranking de Competitividade dos Estados foi divulgada nesta sexta (18). Mas o que garantiu essa melhora?

O levantamento feito pelo Centro de Liderança Pública (CLP) leva em consideração dez critérios: infraestrutura, solidez fiscal, sustentabilidade social, segurança pública, educação, eficiência da máquina, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação. Dentro desses critérios, há a avaliação de subitens.

De acordo com José Henrique Nascimento, gerente comercial e de competitividade do CLP, ter avançado em três (segurança pública, infraestrutura e solidez fiscal) dos quatro itens com maior peso foi fundamental para o Estado ter subido no ranking. 

Saiba o que fez o ES subir no ranking de competitividade do país -

"É importante ressaltar que ser um Estado com tranquilidade fiscal, diante de muitos outros que estão com as contas no vermelho, é um ponto bem positivo. Mas isso se torna ainda mais importante para que ele tenha capacidade de investir em políticas públicas", comenta.

Porém, o Estado ainda precisa desenvolver itens como educação e sustentabilidade social para chegar ao top 5 e atrair ainda mais investimentos.  Veja abaixo o que melhorou a posição do Espírito Santo no ranking e o que pode ser melhorado.

O QUE FEZ O ES SER MAIS COMPETITIVO?

  • 01

    + 5 posições em segurança pública

    O Espírito Santo mostrou um forte avanço nos quesitos segurança patrimonial e déficit carcerário. O Estado avançou cinco posições da edição de 2018 para a de 2019 e passou a ter o 10º melhor resultado do país. O item é o que tem o maior peso na composição do ranking (13,4%).

  • 02

    + 8 posições em infraestrutura

    No quesito infraestrutura o Estado subiu oito posições, passando de 16º para 8º no ranking. As melhoras relativas no acesso aos serviços de telecomunicações e qualidade das rodovias ajudaram a alcançar esse resultado. Além disso, o Estado teve um bom desempenho em relação aos custos de combustíveis e do saneamento básico. Este item compõe 12,63% da nota final do indicador.

  • 03

    + 4 posições em solidez fiscal

    O Estado subiu quatro posições e ficou em 2º lugar em solidez fiscal.  Este quesito representa 12% da nota total do ranking. O Espírito Santo foi beneficiado por um novo indicador criado pelo ranking, o "índice de liquidez", em que performou em 1º lugar. Porém, no indicador "sucesso de execução do orçamento" ficou apenas com a 19º colocação.

  • 04

    + 2 em eficiência da máquina pública

    O Estado subiu duas posições no quesito eficiência da máquina pública e ficou em 4º lugar entre as demais unidades da federação. Indicadores como custo dos Poderes e transparência ajudaram o Espírito Santo a performar bem. Porém,  no item eficiência do Judiciário ficou em 15ª posição.

  • 05

    + 3 posições em sustentabilidade ambiental

    Houve um avanço em três posições no quesito Sustentabilidade Ambiental, passando para a 6ª colocação do país. Ocupa a primeira posição no item destinação do lixo, porém, o 20º lugar em emissões de CO2.

  • 06

    + 12 posições em potencial de mercado

    O item potencial de mercado foi aquele em que o Estado mais conquistou posições neste ano. O Espírito Santo saiu da 24ª posição para a 12ª colocação. O resultado deve-se principalmente à taxa de crescimento do mercado.

EM QUE O ES AINDA PRECISA MELHORAR?

Apesar de ter subido em duas posições no ranking de competitividade, o Espírito Santo ainda precisa melhorar em quatro pontos: sustentabilidade social, educação, capital humano e inovação.

Para o  gerente comercial e de competitividade do CLP, José Henrique Nascimento, o Estado precisa focar em melhorar os indicadores ligados a área da educação e capital humano.

"O Espírito Santo ainda tem uma defasagem muito grande na educação, que é um dos grandes motores para a geração de capital humano. Houve um investimento grande em segurança pública e muitas iniciativas para melhorar a solidez fiscal estadual.  Porém, a educação ficou um pouco de lado nos últimos anos. Para subir no ranking é preciso retomar os investimentos nessa área", avalia.

O secretário chefe da Casa Civil estadual, Tyago Hoffmann, explica que o Espírito Santo está em busca de se tornar mais inovador e com mão de obra mais bem qualificada. 

"Queremos que o Estado seja atrativo para o desenvolvimento de novas tecnologias e passe a ser mais inovador. Nossa fragilidade, tanto de educação quanto de qualificação são elementos que constam no nosso plano estratégico que precisamos melhorar. Nós também queremos um Espírito Santo com melhor infraestrutura e ambiente de negócios", afirma. Veja abaixo a lista das piores colocações do Estado no levantamento.

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  • 01

    - 1 posição em sustentabilidade social

    Esse é o indicador com o terceiro maior peso no calculo do ranking (12,2%). O Espírito Santo, em 2019, ocupa a 9ª colocação, após perder uma posição.  O índice de mortalidade precoce foi o que mais impactou esse quesito.

  • 02

    - 2 posições em educação

    Apesar do ter a 1ª colocação em avaliação da educação, ele é um dos piores  na taxa de frequência do ensino médio, ocupando a 20ª colocação dentre as unidades da federação.  Com isso, o Espírito Santo está na 7ª posição no quesito Educação.

  • 03

    - 7 posições em capital humano

    Em capital humano o Espírito Santo caiu sete posições. Com isso, ele é o 14º Estado do país com melhor desempenho. O custo da mão de obra foi o item em que teve a pior colocação (17º).

  • 04

    - 8 posições em inovação

    O Estado ocupa apenas a 24ª colocação no quesito inovação. Isso porque ele é um dos que tem o menor número de bolsas científicas concedidas, ficando em 25º lugar entre os Estados brasileiros. Já no item patentes concedidas está em 7º.

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