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Publicado em 8 de junho de 2023 às 18:10
Quando as contas apertam ou um estabelecimento não aceita pagamentos em cartão, fazer um Pix no crédito pode ser uma solução para consumidores. A opção é mais um meio de pagamento ofertado por algumas instituições financeiras, entretanto, é preciso ter atenção às taxas. >
Enquanto um Pix tradicional, isto é, uma transferência “instantânea” de uma conta para outra não é tarifado, ao utilizar o cartão para fazer o pagamento há incidência de juros e, em alguns casos, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ou seja, o valor a pagar, posteriormente, será superior à soma transferida.>
Hoje, pelo menos duas instituições oferecem a facilidade. No PicPay, por exemplo, “as taxas do Pix Parcelado no PicPay vão de 2,49% a 5,49%, a depender do nível de relacionamento com a instituição e o perfil do cliente”, informou o app de serviços financeiros.>
O Nubank também permite o Pix no Crédito, e, de acordo com o banco, “é possível fazer esse pagamento em uma única parcela, cobrada na sua fatura atual, ou em até 12 vezes no seu cartão”. >
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É possível, também, escolher em qual fatura o pagamento será quitado: a próxima, ou uma das duas seguintes. Há incidência de juros a cada vez que o pagamento é prorrogado. O banco foi questionado sobre o percentual das taxas cobradas, mas não se manifestou.>
Embora não ofereça a possibilidade de realizar pagamentos no pix com cartão de crédito, o Santander oferece o Divide o Pix, vinculado ao crédito pessoal. As parcelas são debitadas mensalmente da conta, na data escolhida.>
“É uma operação de crédito pessoal, disponível apenas para correntistas pessoa física, maiores de 18 anos, estando sujeita à cobrança de juros e IOF. A oferta ocorrerá exclusivamente no momento da realização da transação Pix, quando você terá acesso às informações relativas aos dados: valores de parcela, data de débito, taxa de juros e escolha de prazo. O limite do valor do Pix e o prazo de parcelamento dependerão da análise de crédito e das condições do produto vigentes à época da contratação”, explicou o banco. >
Uma solução semelhante, de Pix parcelado vinculado ao crédito pessoal, também foi lançada pelo Itaú e pelo Mercado Pago. >
No caso do Itaú, a opção só existe para quem tem crédito pré-aprovado no aplicativo e, conforme consta em comunicado da instituição, o correntista pode parcelar uma transação a partir de R$ 80, enquanto o destinatário recebe o valor à vista na chave informada. >
Já o Mercado Pago permite parcelar as compras com Pix através do saldo adquirido na contratação do Mercado Crédito, uma solução financeira oferecida aos clientes da plataforma, de acordo com a análise do perfil. >
Banestes, Bradesco, Caixa e C6 Bank não oferecem a opção. O Banco do Brasil e o Inter também foram consultados, mas não se manifestaram até a conclusão desta matéria.>
Seja ao fazer o Pix por meio do cartão, ou com o crédito pessoal, há incidência de juros sobre as transações e, em alguns casos, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ou seja, o valor a pagar, posteriormente, será superior à soma transferida. Assim, é preciso tomar certos cuidados.>
Atenção aos juros
As taxas de juros variam de acordo com o perfil de crédito e a relação do consumidor com a instituição financeira. Um cliente com inadimplente, por exemplo, pode até ter a opção disponível, mas corre o risco de pagar por taxas mais altas ao utilizar essas funcionalidades. O valor cobrado pelo empréstimo, no fim, pode ser bem mais elevado do que a soma transferida via Pix era.
Planejamento
Se for necessário realizar um Pix, a orientação geral é optar pela transferência “instantânea” tradicional, de uma conta para outra, com o saldo em conta, não tarifado. O Pix via cartão, ou crédito pessoal, deve ser a exceção,
Moderação
Algumas instituições chegam a oferecer limites extras específicos para a realização de Pix via cartão, mas o crédito não deve ser encarado como extensão do salário, pois isso pode levar a uma bola de neve de dívidas.
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