Publicado em 25 de agosto de 2020 às 10:57
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (25) as regras para o programa Casa Verde e Amarela, que vai substituir o Minha Casa Minha Vida, criado no governo do PT em 2009. A ação vai manter o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como principal recurso dos financiamentos habitacionais. O novo projeto foi criado por meio de Medida Provisória e agora segue para o Congresso Nacional para ser validado. >
A intenção é reduzir o atual déficit habitacional no país, estimado hoje em 6 milhões de moradias, permitindo também investimentos privados e de fundos externos. A meta é atender 1,6 milhão de famílias até 2024, com foco no Norte e no Nordeste. >
A ideia é que haja um pequeno corte nos juros, conforme mostrou A Gazeta, para adequar à nova Selic. A taxa de juros para Norte e Nordeste terá uma redução de até 0,5 ponto percentual para famílias com renda de até R$ 2 mil mensais e 0,25 para os que ganham entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil. Nessas localidades, os juros poderão chegar a 4,25% ao ano para cotistas do FGTS. Já para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o percentual será a partir de 4,5%.>
O limite do valor dos imóveis financiados também foi ampliado, com o objetivo de fomentar o interesse do setor da construção civil em atuar nessas localidades. >
>
Além do financiamento habitacional, o Programa Casa Verde e Amarela atuará com regularização fundiária e melhoria de residências, enfrentando problemas de inadequações, como falta de banheiro, por exemplo. A meta do Ministério do Desenvolvimento Regional é regularizar 2 milhões de moradias e promover melhorias em 400 mil nos próximos quatro anos.>
A previsão é disponibilizar até o final deste ano R$ 25 bilhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 500 milhões do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) e gerar 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos até 2024. >
O ministério informou que, para garantir a continuidade das obras de 185 mil unidades habitacionais contratadas, a retomada de 100 mil residências e os empreendimentos de urbanização em andamento, há a previsão de aporte de R$ 2,4 bilhões do Orçamento Geral da União (OGU) para 2021.>
O ministro do desenvolvimento regional, Rogério Marinho, também anunciou que o novo programa prevê um modelo para renegociação de dívidas de mutuário do faixa 1, com renda de até R$ 1.800. A previsão do titular da pasta é de que o mutirão ocorra no primeiro semestre de 2021. Segundo ele, a inadimplência desse grupo de mutuários gira em torno de 40%. "A lei hoje determina que nós tomemos de volta quase 500 mil residências. E isso acaba hoje", afirmou. >
O programa habitacional terá ainda o objetivo tirar do papel o projeto de regularização fundiária aprovado no governo do ex-presidente Michel Temer e bancar reformas para as famílias que ganharem as escrituras. Com essa iniciativa, a meta é regularizar dois milhões de moradias e adequar 400 mil unidades até 2024.>
De acordo com informações do governo, os recursos serão repassados diretamente para pequenas construtoras selecionadas pelo governo. Elas vão ganhar por intervenções que serão padronizados, com construção de banheiro, cozinha e pequenas reformas.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta