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Motoristas fazem fila nos postos para abastecer na Grande Vitória

Motoristas fazem fila nos postos para abastecer na Grande Vitória

Situação é reflexo das manifestações em rodovias federais que ocorreram até a manhã desta quinta-feira, mas que foram desmobilizadas

Publicado em 9 de setembro de 2021 às 08:41

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Fila em posto de combustíveis na Avenida Vitória, na Capital
Motoristas fizeram fila em posto de combustível na Avenida Vitória, na Capital. (Kaique Dias)
Autor - Isaac Ribeiro
Isaac Ribeiro
Repórter de Cotidiano / [email protected]

Preocupados com a possível falta de combustíveis, motoristas fizeram filas para abastecer nos postos da Grande Vitória na manhã desta quinta-feira (9). Foi possível ver concentração de veículos em Vitória, Cariacica e Vila Velha. 

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Espírito Santo (Sindipostos-ES) disse que, devido às manifestações dos caminhoneiros nas BRs que cortam o Estado, houve impacto em estabelecimentos do interior do Estado.

Segundo a organização, por meio de nota, nesta quarta, alguns revendedores já não tinham produto ou estavam com tanques quase vazios, mas que haviam se mobilizado junto às distribuidoras para repor os estoques.

Na Grande Vitória, de acordo com o Sindipostos, não havia relatos de problemas, uma vez que as bases nos portos de Tubarão e de Vila Velha estão operando normalmente, abastecidas e com previsão de receber um novo carregamento até o fim de semana.

Com o fim dos protestos, conforme mostrou a PRF, a tendência é que o abastecimento no interior seja normalizado em ou dois dias.

Fila para abastecimento em posto em Campo Grande, Cariacica (Fernando Madeira)

"É importante deixar claro que essas informações foram relatos de alguns empresários e não necessariamente representam a realidade de todo o interior e mesmo do município em que eles estão localizados. Em situações normais de demanda, os estoques dos postos duram de dois a três dias, por isso, o Sindipostos orienta que a população mantenha cautela e evite correria aos postos."

ENTENDA O QUE ACONTECEU

Desde terça-feira (7 de setembro), caminhoneiros começaram a protestar nas principais rodovias federais que cortam o Estado, impedindo em alguns pontos a passagens de caminhões. Mas a situação foi flexibilizada principalmente na manhã desta quinta antes de ser totalmente desmobilizada. Por volta das 11, segundo a PRF, não havia mais nenhum trecho de concentração no Estado.

De acordo com comunicado emitido pelo Ministério da Infraestrutura, as manifestações não são coordenadas por qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e a composição das mobilizações é heterogênea.

Nos pontos onde A Gazeta esteve não havia indicativo de demandas de classe, mas sim de pautas políticas como o apoio ao voto impresso e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo apuração do Estadão, entidades que tradicionalmente representam esses trabalhadores como a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB) informaram que não apoiam o movimento e que não estão participando dos atos.

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