> >
Minha Casa Minha Vida terá mudanças e faixa 3 pode acabar

Minha Casa Minha Vida terá mudanças e faixa 3 pode acabar

Em visita a Vitória, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que o programa de auxílio à moradia vai passar por alterações estruturais. A revisão deve beneficiar principalmente os mais pobres

Publicado em 25 de outubro de 2019 às 13:14

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Condomínios Minha Casa Minha Vida . (Reprodução)

Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) vai ter mudanças nos próximos meses. Até o final do ano, o governo federal deve anunciar uma reestruturação nas faixas do programa de acesso à moradia.  Entre elas, está o possível fim do faixa 3,  que beneficia famílias com renda de até R$ 7 mil. 

Na manhã desta sexta-feira (25), em visita a Vitória para o 30º fim de semana do Caixa Mais Brasil, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, conversou com a reportagem de A Gazeta.  De acordo com Guimarães, a estruturação do programa de auxílio à moradia está sendo discutida em reuniões quinzenais entre a Caixa, os ministérios do governo federal e o Banco do Brasil.

A mudança quer beneficiar principalmente o perfil mais carente, que hoje tem acesso à faixa 1 do programa. Atualmente, famílias com renda de até R$ 1,8 mil podem ter até 90% do valor do imóvel subsidiado pelo governo federal. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Regional, no final de 2018, quase 37% dos beneficiados estavam com prestações atrasadas.

"Existe um grupo de pessoas que pode pagar pela moraria, enquanto o outro, não. A discussão que estamos fazendo é de como será feito o pagamento desse segundo grupo, via subsídio ou empréstimo total", expõem o presidente da Caixa.

De acordo com Guimarães, com a redução nas taxas de empréstimos, algumas faixas do programa quase deixam de ter razão de existir. Este é o caso da faixa 3, para as famílias com renda de até R$ 7 mil.  "Nós lançamos a tomada de crédito com base no IPCA e, em muitos casos, a prestação dela é inferior a do Minha Casa Minha Vida Faixa 3. Se você comprar um apartamento de R$ 150 mil, por exemplo, quase que certamente será mais barato tomar o empréstimo pelo IPCA", explica.

Este vídeo pode te interessar

Guimarães complementa que a discussão maior deve ser em torno das faixas 1,5 e 2, que recebem subsídio parcial do governo. A questão será de quanto deve ser esse subsídio. Nas regras atuais, a faixa 1,5 paga taxa de juros menor de 5% ao ano e a pessoa tem até 30 anos para pagar e subsídios de até R$ 47,5 mil reais.  Já na faixa 2, é possível ter subsídios de até R$ 29 mil. 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais