Publicado em 21 de outubro de 2020 às 16:19
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), defende a criação de uma força-tarefa entre governo federal, Estados e municípios para encontrar uma solução para o auxílio emergencial.>
O pagamento do benefício chega ao fim em dezembro deste ano e o novo modelo que vai substituí-lo, o Renda Cidadã, ainda está longe de sair do papel. A ideia de Casagrande é que entes subnacionais possam contribuir para que famílias em situação de risco social continuem assistidas.>
"O ano que vem será de muita dificuldade para as pessoas mais pobres e o governo federal está aí se debatendo sobre como viabilizar recursos para ter um programa de proteção social mais robusto, que seja acima do Bolsa Família, mas que seja menos que o auxílio emergencial, porque o governo federal não consegue pagar esse valor por um tempo muito longo">
Segundo Casagrande, essa união pelo auxílio poderia ser temporária, para esse momento de pandemia. "Mas se o governo federal quiser potencializar o Bolsa Família, criando o Renda Brasil com a participação de Estados e municípios, essa também pode ser uma alternativa", explicou.>
>
No Espírito Santo, cerca de 200 mil lares contam com o Bolsa Família. Com a pandemia, entre abril e setembro deste ano, ao menos 1,2 milhão de pessoas que moram no Estado contaram com alguma parcela do auxílio emergencial. >
Casagrande disse ainda que, se fosse presidente da República, chamaria os governadores e prefeitos de cidades maiores, as suas representações, para que possam dividir esse trabalho. Ele aponta que uma política do governo federal, às vezes, repete-se com uma política do governo estadual para a mesma família. >
"Devíamos tentar organizar aquilo que a gente já usa de recursos federais com valores a mais que os Estados podem colocar. Talvez pudéssemos fazer juntos para poder aliviar o governo federal desta obrigação sozinho", explica. >
VALOR DOS BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS DO GOVERNO DO ES
Segundo Casagrande, o Estado não tem proposta de ter um auxílio emergencial estadual. "O que nós temos aqui é o Bolsa Capixaba, que a gente complementa a renda de 26 mil famílias no Estado, o ES Solidário e o nosso trabalho em parceria com os municípios, através do Fundo de Assistência Social e do Fundo de Combate à Pobreza. Então, temos um conjunto de recursos que somam, por ano, mais de R$ 100 milhões, e que nós aportamos nessa política", afirma.>
O governador lembra ainda que alguns municípios da Região Metropolitana (Vitória e Serra) implementaram políticas próprias de auxílio emergencial. "Acho que é possível a gente fazer em conjunto uma política de proteção social nessa hora de maior gravidade e realizar distribuição de renda no país", afirma. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta