Os blocos de rua, as músicas, o trio elétrico, as fantasias e muita animação, em um dos períodos mais esperados do ano, o carnaval. E, para os adeptos às redes sociais, as selfies, os stories, as curtidas e compartilhamentos também fazem parte da folia, e são indispensáveis para tornar essa época mais especial.
Mas os registros de curtição podem se tornar um pesadelo. Os comportamentos no Instagram, no Facebook e no Twitter durante os dias de festa são capazes prejudicar a sua imagem profissional, e, até mesmo, podem virar motivo de demissão entre os patrões. Fotos comprometedoras, comentários ofensivos, linguajar inadequado, insinuações sexuais e até brincadeiras sobre o trabalho: é preciso tomar cuidado principalmente para não exagerar na bebida e acabar fazendo coisas das quais pode se arrepender depois.
Na visão da professora de Gestão de Pessoas da Universidade Vila Velha (UVV) Marinete Francischeto, é um processo cada vez mais comum que os empregadores estejam atentos às redes sociais dos funcionários, principalmente nas épocas em que deslizes são mais frequentes.
Não tem como não olhar, ninguém ignora mais. Vivemos em um mundo globalizado. Por causa desse mundo de mídias sociais é muito difícil separar o lado pessoal do profissional. E para os profissionais que querem manter o emprego, Marinete afirma que é preciso se adaptar. As redes representam quem somos. São os chamados hábitos ligados a imagem. Então, o que devemos nos perguntar é 'como eu quero me mostrar para o mundo?', aconselha.
A professora pondera que está é uma questão polêmica, e costuma render muita controvérsia em sala de aula. Nas dinâmicas com os alunos, Marinete diz que expõe dois cenários: no primeiro os estudantes estão em busca de emprego e, apesar de apresentarem um perfil fora do politicamente correto nas redes sociais, a grande maioria acredita que isso não interfere na competência do profissional.
Mas quando a situação é invertida, e os estudantes representam os donos da empresa, muitos afirmam que ficariam com o pé atrás na hora de contratar.
Não há nada que proíba o trabalhador de aproveitar o carnaval, pelo contrário, o período é visto como uma pausa merecida. Para a diretora e assistente de recursos humanos da recrutadora Center Rh, Eliana Machado, os momentos de brincadeira e diversão durante o carnaval podem ser registrados. Mas é preciso "colocar a mão na consciência" e ter noção de que atitudes exageradas podem refletir no ambiente de trabalho.
Para evitar conflitos com o patrão ocorram em pleno carnaval, reunimos dicas dadas pelos profissionais entrevistados. Confira.
Procure saber se a organização tem um manual de conduta das redes sociais para os funcionários. A maioria das empresas têm regulamentos próprios para os empregados, que indicam os valores, propósitos e metas.
Esse tipo de fantasia pode indicar que você não está satisfeito na empresa, ou transmitir uma mensagem negativa para o seu chefe.
Você pode restringir seus contatos a pessoas próximas e que não façam parte do seu ambiente de trabalho. Em algumas redes sociais existe a opção melhores amigos. Assim, você controla quem está vendo o conteúdo postado.
Você pode ser cuidadoso com as suas redes, mas seus amigos podem não ser. Algumas situações ou ângulos de fotos podem te comprometer. Basta se bater por aí com um colega do setor ou até ser marcado em uma postagem no perfil de amigos. Então, esteja atento.
Não publique ou compartilhe nada que você não se sentiria à vontade dizendo no seu local de trabalho.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta