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Vacina BCG: ES recebe só 60% das doses e orienta cidades sobre uso em bebês

Vacina BCG: ES recebe só 60% das doses e orienta cidades sobre uso em bebês

Em maio deste ano, o Ministério da Saúde enviou um comunicado aos Estados informando que diminuiria o número de doses enviadas mensalmente. Por conta disso, há preocupação em faltar imunizante para recém-nascidos

Publicado em 12 de agosto de 2022 às 11:16

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Devido a redução no envio de doses da vacina BCG por parte do Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde (Sesa) tem orientado os municípios sobre o uso operacional da aplicação do imunizante, a fim de diminuir os prejuízos na oferta da vacina aos recém-nascidos. Entre as orientações e estratégias definidas pela Sesa estão:

  • a oferta da vacina BCG nas maternidades em dias alternados, considerando que os recém-nascidos ficam pelo menos 48 horas no serviço;
  • oferta por agendamento nas unidades de saúde, como forma de otimizar os frascos;
  • e divulgação à população sobre locais e dias de oferta da vacina BCG nos municípios.

A vacina BCG é geralmente aplicada em recém-nascidos e famosa por deixar a marquinha para o resto da vida
A vacina BCG é geralmente aplicada em recém-nascidos e famosa por deixar a marquinha para o resto da vida. (Divulgação | Sesa)

De acordo com a Sesa, desde maio, o Estado tem recebido cota reduzida, de 60% do imunizante enviado pelo Ministério da Saúde, em função da disponibilidade limitada da vacina em todo o país. A Sesa destacou que não há, no momento, desabastecimento no Estado.

A vacina BCG protege os recém-nascidos contra as formas graves de tuberculose e deve, preferencialmente, ser aplicada logo após o nascimento, ainda no hospital.

Em maio deste ano, o Ministério da Saúde enviou um comunicado por meio de ofício aos Estados informando que diminuiria o número de doses enviadas mensalmente pela dificuldade de compra e pela baixa disponibilidade nos estoques.

Após o comunicado, entidades médicas e científicas brasileiras alertaram, em uma carta enviada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), para a falta da vacina BCG no país.

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Entidades científicas alertam para a falta de vacina BCG

Após o comunicado, entidades médicas e científicas brasileiras alertaram, em uma carta enviada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), para a falta da vacina BCG no país.

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O documento cita que, de acordo com o Datasus, este ano a cobertura vacinal da BCG está em 41,3%. Antes da redução, o quantitativo médio da vacina disponibilizado por mês para cada estado era de cerca de 1 milhão de doses. A readequação dos lotes passou a prever apenas cerca de 500 mil vacinas mensalmente.

A Sesa ressaltou que ainda orienta os municípios em relação a comunicação ampla à população sobre os locais de oferta da BCG para a garantia da aplicação oportuna na população infantil.

“A vacina BCG deve ser administrada no recém-nascido, o mais precocemente possível, preferencialmente ainda na maternidade ou na primeira visita ao serviço de vacinação de uma unidade de saúde do SUS. Clínicas particulares são uma opção para aquelas famílias que não quiserem buscar o setor público de saúde”, disse por nota.

Na Grande Vitória, alguns municípios já adotaram as medidas por conta da redução de vacinas. A Secretaria de Saúde de Vitória (Semus) explicou que está recebendo 60% da cota da vacina e que o estoque na rede de frio está zerado, mas há ainda doses disponíveis nos serviços vacinadores.

A prefeitura da Serra disse que por conta do quantitativo reduzido de BCG, o serviço de saúde precisou ser reorganizado. “Neste momento, a Saúde da Serra distribui o imunizante para todas as maternidades localizadas no município e para as Unidades Regionais de Saúde (URS) de Novo Horizonte e Serra Dourada. Na URS de Novo Horizonte, a vacinação acontece todas as sextas-feiras, das 8h às 14 horas. Já na URS de Serra Dourada, a BCG é aplicada todas as terças-feiras, das 8h às 12 horas”, disse em nota.

Cariacica e Vila Velha informaram que, apesar da redução na distribuição de vacinas, os municípios não estão com falta da vacina BCG.

PREVISÃO DE NORMALIZAÇÃO EM SETEMBRO

Em nota, o Ministério da Saúde esclareceu que o quantitativo mensal do imunizante enviado varia de acordo com a demanda dos estados.

"A readequação do quantitativo ocorreu por conta da tramitação do processo de aquisição, que envolve compra, desembaraço alfandegário e autorização pela Anvisa para a entrada do produto no país, que posteriormente é enviado para análise do controle de qualidade do INCQS antes de ser distribuído para todo o país. A previsão é que a situação já esteja normalizada até o mês de setembro", destacou a pasta. 

VACINA BCG

A vacina BCG - abreviação de "bacilo de Calmette e Guérin" - serve para proteger as pessoas de formas graves de tuberculose, como meningite e tuberculosa e tuberculose miliar. Preferencialmente, a dose (única) já deve ser aplicada em bebês recém-nascidos. No entanto, ela pode ser aplicada em crianças que ainda não tenham completado cinco anos.

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