Publicado em 26 de maio de 2022 às 21:31
Única sobrevivente do desabamento de um prédio no dia 21 de abril no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, Larissa Morassuti diz que a vida após a tragédia "tem sido terrível" e afirmou estar sendo "soterrada por burocracias". Em entrevista à repórter Juirana Nobres, da TV Gazeta, pouco mais de um mês depois do ocorrido, a doceira de 37 anos conta que o recomeço da vida não deve ser tão rápido. Nesta quinta-feira (26), uma equipe do Corpo de Bombeiros foi ao local fazer uma análise do que sobrou no terreno. >
Larissa recebeu alta hospitalar no dia 27 de abril, quando, após ficar internada na UTI, se recuperou e foi para casa. A doceira perdeu o pai, a irmã e a sobrinha na tragédia. >
Larissa Morassuti
Doceira, sobrevivente do desabamentoA doceira relata lembrar de tudo que aconteceu naquele dia 21 de abril. Ela diz que Deus tem confortado ao lembrar do que foi o desabamento, mas que o pós "tem sido terrível".>
Larissa também afirma que o retorno à profissão não será rápido, não por falta de vontade, mas por "força maior".>
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Larissa Morassuti
Doceira, sobrevivente do desabamentoLarissa Morassuti faz questão de agradecer aos que ajudaram com doações no período após a tragédia. "Sem a vaquinha das pessoas que me ajudaram, eu teria passado muita necessidade", relata.>
O Corpo de Bombeiros estendeu por mais 20 dias o período para a conclusão do laudo pericial que indicará a causa do desabamento de um prédio em Vila Velha que matou três pessoas da mesma família. Em princípio, o prazo seria encerrado no último dia 12, mas foi prorrogado devido à complexidade do caso. >
À ocasião da tragédia, os militares trabalhavam com três hipóteses para o desabamento, mas, durante os trabalhos de perícia, duas já foram descartadas: a que estaria relacionada ao uso de materiais de soldagem no imóvel e a de vazamento de Gás Veicular Natural (GNV) de um carro que estava na garagem do prédio. Agora, a corporação trabalha apenas com a hipótese de vazamento de gás de cozinha.>
De acordo com o Corpo de Bombeiros, há uma espécie de força-tarefa para tentar identificar as circunstâncias que geraram a explosão que antecedeu o desabamento. Ao todo, a equipe é formada por nove profissionais: sete peritos e dois inspetores — todos dedicados exclusivamente a este caso.>
O desabamento do prédio de três andares aconteceu na manhã de 21 de abril, uma quinta-feira, dia de feriado de Tiradentes. A tragédia ocorreu no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, e imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento exato em que houve uma explosão, pouco antes de o imóvel ir abaixo.>
Em um total de quase 20 horas de operação, o Corpo de Bombeiros conseguiu resgatar Larissa Morassuti com vida e retirou três parentes dela dos escombros, mas eles morreram ainda no local. As vítimas são:>
A adolescente chegou a ser encontrada com vida e uma médica tentou ajudá-la ainda sob os escombros. No entanto, ela não resistiu e acabou morrendo no local. O idoso foi o último a ser achado, já na madrugada do dia 22 de abril. Tanto ele quanto a mãe da menina morreram.>
Ainda no dia 22, seguinte à data da tragédia, equipes do Corpo de Bombeiros visitaram o prédio desabado para iniciar o trabalho de perícia para tentar identificar a causa do desabamento. >
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