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Queda de marquise em Vitória: imóveis da região passarão por vistoria, diz Defesa Civil

Queda de marquise em Vitória: imóveis da região passarão por vistoria, diz Defesa Civil

Apesar de as edificações do entorno não terem sido interditadas, o coordenador do órgão, Jonathan Jantorno, afirmou que elas serão monitoradas. Prédio em que houve a queda da marquise continua interditado

Publicado em 30 de outubro de 2020 às 09:06

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Queda de marquise no Centro de Vitória
Marquise de uma loja de informática desaba na Praça Oito. (Vitor Jubini)

A Defesa Civil de Vitória interditou o imóvel em que uma marquise desabou na Praça Oito, no centro da Capital, nesta quinta-feira (29), até que o proprietário faça e ateste os reparos necessários. Apesar de as edificações do entorno não terem sido interditadas, o coordenador do órgão Jonathan Jantorno afirmou que elas também passarão por uma vistoria.

“O imóvel que sofreu o sinistro foi totalmente interditado até que seja apresentado pelo proprietário um atestado de estabilidade da edificação, e os imóveis do entorno vão ser monitorados e passar por vistoria também. Mas, por enquanto, só esse está sendo interditado”, disse Jantorno, em entrevista à TV Gazeta.

O coordenador da Defesa Civil da Capital ressalta que a responsabilidade de promover todas as licenças de segurança do imóvel é do proprietário, que são fiscalizados pela prefeitura. Mas, se algum morador perceber o risco de acidente envolvendo edificações, deve acionar imediatamente a Defesa Civil.

“O código de edificações dá a responsabilidade ao proprietário pelas condições de estabilidade, segurança e insalubridade do imóvel. Caso seja constatado algum tipo de irregularidade, o próprio munícipe ao passar na rua e se deparar com uma marquise com risco de desabamento, ou uma fachada com risco de desplacamento de reboco, pode acionar a prefeitura”, destacou.

Os canais de contato são o Fala Vitória 156, e os telefones da Defesa Civil, no (27) 3382-6168 ou o plantão 24 horas, no (27) 98818-4432.

IMÓVEL FOI NOTIFICADO EM JANEIRO

De acordo com a Defesa Civil de Vitória, o imóvel onde a marquise desabou integra uma lista de 201 edificações que foram notificadas preventivamente para fazer manutenção e reparos na estrutura nos últimos dois anos. No caso da marquise, a notificação foi em janeiro deste ano.

“A notificação foi para manutenção preventiva e reparos preventivos e apresentação de laudo estrutural que atestasse a estabilidade das edificações. [...] Esse foi um caso notificado. O proprietário tinha ciência e sabia da necessidade de manutenção”, explicou o coordenador da Defesa Civil de Vitória, Jonathan Jantorno.

O local, onde fica uma loja que foi inaugurada nesta quinta-feira (29) e estava em suas primeiras horas de funcionamento, foi interditado após o acidente e novamente notificado. Com a nova notificação, o proprietário tem um prazo para corrigir as irregularidades e entregar um laudo que ateste a estabilidade da edificação. A Prefeitura de Vitória fez a limpeza e retirada do material.

A prefeitura também informou que a fiscalização das fachadas e marquises é contínua e ocorre permanentemente em toda a cidade e que a responsabilidade de manter as marquises e fachadas em bom estado é do proprietário do imóvel.

Centro de Vitória
Marquise de imóvel desaba na Praça Oito. (Murilo Cuzzuol)

O DESABAMENTO

A marquise de um imóvel desabou na Praça Oito, no Centro de Vitória, na manhã desta quinta-feira (29). Um camelô foi atingido e teve ferimentos na cabeça. Ele foi atendido por uma ambulância do Samu e levado para o Hospital de Urgência e Emergência, o antigo São Lucas, em Vitória. Ele recebeu alta ainda nesta quinta e se recupera em casa, em Cariacica.

De acordo com as autoridades, um conjunto de fatores contribuiu para o desabamento da estrutura, como a falta de manutenção preventiva, ausência de ferragem adequada, entre outros.

“QUANDO PERCEBI, JÁ ESTAVA NO CHÃO”, DIZ VÍTIMA

Em entrevista ao G1 ES, na noite desta quinta-feira (29), o ambulante Willian Barbosa de Oliveira disse que, no momento do acidente, aproveitava a sombra da marquise para se proteger do sol.

“Fiquei quatro meses trabalhando debaixo da marquise. Ontem que eu tirei a mercadoria, coloquei na banquinha do lado. Hoje, o sol estava quente, eu fiquei um pouquinho debaixo da marquise, na beiradinha. Se tivesse caído há mais tempo, eu estava morto, porque eu ficava ali no meio”, lembrou.

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