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Prefeitura e Ufes investigam morte de mais de 200 cachorros em Muqui

Prefeitura e Ufes investigam morte de mais de 200 cachorros em Muqui

Mortes foram registradas nas duas últimas semanas; animais começaram a aparecer com sintomas como secreção nasal e ocular, tremores musculares e paralisia

Publicado em 23 de julho de 2025 às 13:36

Coletas de sangue foram colidas no último sábado (19)
Coletas de sangue foram colidas no último sábado (19) Crédito: Divulgação/ Secretaria de Meio Ambiente de Muqui

A Prefeitura de Muqui, no Sul do Espírito Santo, e profissionais da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) que atuam no Hospital Veterinário da instituição, estão investigando qual doença pode estar causando a morte de cães no município nas últimas duas semanas. Segundo a secretária Municipal de Meio Ambiente, Priscila Durant Binott, mais de 200 animais já morreram.

A secretária disse que os cães começaram a aparecer com sintomas como secreção nasal e ocular, tremores musculares e paralisia. Os casos começaram a surgir há duas semanas e rapidamente os animais evoluíram para a morte.

Entre os cachorros mortos há animais em situação de rua e domésticos. Um desses casos, levado pelo dono a laboratório particular, testou positivo para cinomose. Porém, apesar dos sintomas parecidos, a evolução rápida da doença para a morte levantou suspeita dos pesquisadores da Ufes, que acreditam que possa ser outra doença

Priscila Durant Binott

Secretária Municipal de Meio Ambiente de Muqui

No último sábado (19), membros do Hospital Veterinário da Ufes recolheram amostras de sangue de 40 animais no município. “Os resultados devem sair ainda nesta semana. Com isso, podemos avaliar o que será feito. A orientação neste momento é manter os animais em casa e sem contato com os de rua”, disse a secretária.

Alguns cães foram levados com convulsões para hospital, em Alegre, e alguns corpos de animais mortes estão passando por necropsia pela equipe da Ufes. Em caso de dúvidas, a população deve entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente de Muqui pelo número: (28) 99932-6684.

O Hospital Veterinário da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), informou que foram coletadas amostras de sangue de 40 cães de rua, sendo 12 deles resgatados e atualmente mantidos isolados em uma residência local. As amostras, segundo a Ufes, foram organizadas, identificadas e armazenadas nos laboratórios do Departamento de Medicina Veterinária.

O objetivo inicial da visita técnica foi a avaliação soroepidemiológica da população canina local. O material foi congelado e a equipe do departamento aguarda o retorno da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Muqui, que está providenciando os testes imunocromatográficos necessários para as análises. Após o processamento das amostras, será emitido um relatório técnico com os resultados.

Ainda de acordo com o hospital, até o momento, foram obtidas informações clínicas referentes à presença ou ausência de sinais compatíveis com cinomose nos animais avaliados, mediante suspeita inicial, contudo, ainda não há confirmação etiológica. Está prevista a realização de exames necroscópicos em animais que evoluíram a óbito, com o objetivo de correlacionar, futuramente, os achados anatomopatológicos aos sinais clínicos observados e aos resultados sorológicos. Essa abordagem visa contribuir para a elucidação do quadro e possibilitar a investigação de outros possíveis diagnósticos diferenciais. Leia o posicionamento da Ufes, na íntegra, abaixo:

Na íntegra | Nota da Ufes

O Hospital Veterinário da Ufes (HOVET) informa que foram coletadas amostras de sangue de 40 cães de rua, sendo 12 deles resgatados e atualmente mantidos isolados em uma residência local. As amostras foram organizadas, identificadas e armazenadas nos laboratórios do Departamento de Medicina Veterinária. O objetivo inicial da visita técnica foi a avaliação soroepidemiológica da população canina local. O material foi congelado e a equipe do departamento aguarda o retorno da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Muqui, que está providenciando os testes imunocromatográficos necessários para as análises. Após o processamento das amostras, será emitido um relatório técnico com os resultados. Ainda de acordo com o hospital, até o momento, foram obtidas informações clínicas referentes à presença ou ausência de sinais compatíveis com cinomose nos animais avaliados, mediante suspeita inicial, contudo, ainda não há confirmação etiológica. Está prevista a realização de exames necroscópicos em animais que evoluíram a óbito, com o objetivo de correlacionar, futuramente, os achados anatomopatológicos aos sinais clínicos observados e aos resultados sorológicos. Essa abordagem visa contribuir para a elucidação do quadro e possibilitar a investigação de outros possíveis diagnósticos diferenciais.

A Ufes reafirma seu compromisso com a saúde única e a extensão universitária, e permanece à disposição para continuar colaborando com o município após a identificação da causa do problema, com medidas técnicas e educativas de controle e prevenção.

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