O prédio que desabou na madrugada desta quarta-feira (13) no bairro Ataíde, em Vila Velha, era uma construção irregular, segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES). A instituição informou que o imóvel foi erguido sem o acompanhamento de profissionais de engenharia ou de empresas registradas na autarquia.
O Crea-ES afirmou, na tarde desta quarta-feira, que a construção estava edificada em um terreno frágil e sem nenhuma manutenção preventiva e periódica. Segundo o Conselho, a junção desses fatores contribuiu para que o prédio de dois andares desabasse.
O gerente de Fiscalização do Crea-ES, o engenheiro civil Leonardo Leal, esteve com uma equipe no local para realizar vistoria técnica e fiscal na estrutura do imóvel. Ele reiterou a importância da participação da população no sentido de denunciar obras e serviços de engenharia que estejam sendo executados de maneira irregular.
“O Crea-ES tem o canal Denúncia on-line, na página principal do site, uma ferramenta poderosae muito importante na prevenção de riscos e acidentes”, informou.
A queda do imóvel foi registrada em um vídeo por uma câmera de segurança. Segundo a Defesa Civil, o edifício não era habitado e não houve vítimas. Uma idosa, que mora na casa ao lado, foi orientada a deixar a residência e está provisoriamente na casa da filha.
Acionada pela reportagem de A Gazeta, a Defesa Civil de Vila Velha informou que os entulhos foram retirados do local e o tráfego de pessoas e veículos foi liberado. Em nota, o órgão informou que está em alerta e monitorando os setores de risco geológico da cidade e os pontos de alagamento.
A Defesa Civil ainda informou que esteve no local, em 2018, quando elaborou Relatório de Vistoria e Notificação ao proprietário do imóvel para que o mesmo realizasse a demolição da construção irregular. A obra foi embargada para que não houvesse continuidade e a demolição ocorresse nas normas técnicas.
"Orientamos às pessoas que vivem em áreas de risco que, no primeiro sinal de movimento de massa deixem suas residências e acionem a Defesa Civil pelo 199 ou os Bombeiros pelo 193", finalizou a Defesa Civil.
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