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No ES, ministro da Educação promete investir em segurança nas escolas

No ES, ministro da Educação promete investir em segurança nas escolas

Camilo Santana participou de cerimônia de lançamento do edital do Funpaes, nesta terça-feira (11), no Palácio Anchieta, em Vitória

Publicado em 11 de abril de 2023 às 16:40

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O ministro da Educação, Camilo Santana, prometeu investimentos para reforçar a segurança nas escolas, em todo o país, após recentes ataques com mortes, como os registrados em Blumenau (SC) e Aracruz, no Norte do Estado. O anúncio foi feito durante lançamento do edital 2023 do Fundo Estadual de Apoio à Ampliação e Melhorias das Condições de Oferta da Educação Infantil no Espírito Santo (Funpaes), em evento no Palácio Anchieta, em Vitória, nesta terça-feira (11). Confira no vídeo acima.

Em 90 dias, a previsão do governo federal é apresentar um plano nacional de enfrentamento à violência nas escolas. A iniciativa está sendo elaborada por um grupo interministerial formado para elaborar as ações de forma integrada. 

"O que vem acontecendo no Brasil e também no mundo inteiro é reflexo de uma sociedade que tem estimulado a violência, estimulado o ódio. Essas redes sociais que hoje estimulam a violência com jogos e a deep web e dark web", afirma o ministro.

Camilo detalhou algumas ações imediatas, como destinar R$ 150 milhões para ampliar rondas escolares de Estados e municípios. Será lançado o edital pelo Ministério da Justiça para liberação dos recursos nos próximos dias.

No ES, ministro da Educação promete investir em segurança nas escolas

Outra medida foi a criação de um canal direto — Escola Segura — em que, por meio do site do Ministério da Justiça, a pessoa possa fazer denúncia em relação a qualquer violência nas escolas e acionar mais rapidamente uma ação policial. E ainda fortalecer o trabalho de inteligência nas redes sociais.

Camilo destacou ainda que o Ministério da Educação (MEC) está desenvolvendo uma política para repassar recurso para a criação de programas de mediação de conflitos nas escolas, como programas de discussão de pais. E também programas para fortalecer ações psicossociais e de acompanhamento de jovens. 

"Nós defendemos que o Congresso Nacional faça esse debate com muito franqueza e clareza da regulamentação das mídias sociais e das plataformas digitais. É preciso criar penas para quem comete esse tipo de crime. Então, são várias ações que estão sendo discutidas. Algumas vão ser mais urgentes e imediatas. Mas a ideia é que a gente possa ouvir os especialistas e pegar o que já foi criado por Estados e municípios para transformar isso numa política nacional, para que todos os entes federados trabalhem junto", detalha o ministro.

Camilo Santana, ministro da Educação, durante evento no Palácio Anchieta, em Vitória
Camilo Santana durante evento no Palácio Anchieta, em Vitória. (Hélio Filho/Secom-ES)

Novo Ensino Médio

Sobre a suspensão da implantação do novo Ensino Médio por 60 dias, feita em portaria no último dia 5 de abril, o ministro explicou que a medida tem o objetivo de estimular o debate sobre as mudanças e corrigir situações. Ele considera que a implantação foi muito limitada e atropelada.

"Fui governador à época (do Ceará) e faltou o diálogo e uma coordenação. Pegamos o período de pandemia. O novo ensino médio prevê a formação de professores e melhoria na infraestrutura das escolas. Tem uma série de problemas que estamos enfrentando e a realidade diferente dos Estados. Alguns conseguiram avançar, mas outros, não. A grande mudança foi a base comum curricular, que diminuiu a sua carga horária. E isso tem um efeito no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)", ressalta.

Diante disso, está sendo aberta uma consulta pública para ouvir professores e alunos e discutir o assunto também com os Estados, que são responsáveis pelo ensino médio. "Há muitos problemas que nós precisamos corrigir. Vamos dialogar e tomar uma decisão em conjunto. O que for melhor para garantir um ensino médio de qualidade melhor para o jovem brasileiro", destaca.

Errata Atualização
11 de abril de 2023 às 20:19

Esta matéria foi atualizada com entrevista do ministro da Educação, Camila Santana, realizada durante o evento no Palácio Anchieta.

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