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Publicado em 29 de dezembro de 2021 às 13:31
Durante o verão, as cidades do litoral Sul do Espírito Santo recebem diversos turistas, e isso aumenta, consequentemente, a demanda por abastecimento de água. Com a "população" aumentada neste período, o serviço costuma falhar e moradores acabam ficando com as torneiras vazias.>
A dona de casa Margarete Alves da Silva, moradora do bairro Boa Vista do Sul, em Marataízes, sabe como é viver com esse desconforto. “Nós já ficamos três dias direto sem água, dependendo sempre da ajuda dos vizinhos”, disse.>
Para suprir os dias que a água não chega em Marataízes, o pescador Gesse Batista de Souza compra caixas que funcionam como reservatórios. >
A aposentada Luciene Oliveira passa todo o verão em Piúma, e disse que, em 20 anos, sempre sofre com esse problema. “Quem pode, compra uma pipa d’água, quem não pode, fica de casa em casa pedindo um balde d’água”, comentou.>
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Diante do problema que é crônico no verão, os municípios de Marataízes, Itapemirim, Piúma e Anchieta tentam se reestruturar para que água não falte durante a estação mais quente do ano. >
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) é responsável pelo abastecimento nas cidades de Itapemirim e Marataízes e garante que tem feito melhorias para evitar o desabastecimento nos próximos meses. Ao todo, cerca de 60 mil moradores dependem dessa água. >
Para o coordenador do Saae Itapemirim, Marcelo do Rosário, alguns fatores devem ser levados em consideração. “A preocupação é que a gente depende de fatores externos, do nível do rio adequado, do nível de chuva e, essencialmente, do uso consciente da água”, pontuou.>
Já Piúma e Anchieta são abastecidas pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan). E um total de 30 mil habitantes recebem água do órgão. De acordo com o gerente metropolitano Sul da Cesan, Valdik Escapini, serviços foram realizados para evitar que a água falte no verão. “Do mês de março a novembro, a gente fez ampliações das redes e melhorias nas bombas que levam a água aos pontos mais altos, que são geralmente os que sofrem mais com o desabastecimento”, explicou.>
Acima de tudo, segundo o coordenador do Saae, a população deve contribuir evitando o desperdício. “As pessoas precisam ter consciência que a água é um recurso finito. Além disso, é necessário fazer uma reserva nas casas para que quando ocorra a falta d’água, essa reserva seja suficiente para ajudar no abastecimento por algum tempo”, concluiu.>
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