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Mesmo expulso da Polícia Civil, Hilário continua recebendo salário

Mesmo expulso da Polícia Civil, Hilário continua recebendo salário

Acusado de mandar matar a ex-mulher, a médica Milena Gottardi, o ex-policial Hilário Antônio Fiorot Frasson foi expulso em junho deste ano

Publicado em 14 de setembro de 2020 às 06:01

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Data: 21/09/2017 - ES - Vitória - Caso da médica Milena Gottardi Frasson, 38 anos, assassinada no estacionamento do Hospital das Clínicas (HUCAM) - Hilário Antônio Fiorot Frasson, ex marido da médica e policial civil,  foi preso enquanto trabalhava, ele é suspeito da morte da médica - Editoria: Polícia - Foto: Fernando Madeira - NA
Hilário Antônio Fiorot Frasson, ex-marido da médica e policial civil, foi preso enquanto trabalhava. (Fernando Madeira)

Acusado de mandar matar a ex-mulher, a médica Milena Gottardi, Hilário Antônio Fiorot Frasson foi expulso dos quadros da Polícia Civil conforme decisão do Conselho Estadual de Correição (Consecor) publicada no Diário Oficial do Estado no dia 29 de junho deste ano. 

No entanto, conforme consta no Portal da Transparência do governo do Estado, o ex-investigador continua recebendo o salário bruto de R$ 5.493,77. Em uma consulta ao site realizada na tarde da última sexta-feira (11), foi possível observar que Hilário, ativo desde o dia 2 de janeiro de 2017, recebeu o provimento referente ao mês de agosto deste ano.

Nesta segunda-feira (14), foi publicada no Diário Oficial do Estado a demissão do acusado dos quadros da Polícia Civil. O ato foi assinado pelo governador Renato Casagrande na última sexta-feira (11) 

Hilário Frasson continua recebendo mesmo expulso da Polícia Civil
Portal da Transparência do ES mostra rendimentos de Hilário . (Reprodução/Portal da Transparência)

De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Hilário está preso na Penitenciária de Segurança Média 1 desde o dia 8 de novembro de 2017.

Em junho deste ano, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou, por nota, que Hilário já não fazia mais parte dos quadros funcionais da Polícia Civil. O documento atentava, ainda, que a decisão do Consecor, presidido pela Secretaria de Controle e Transparência do Estado (Secont), era a última instância administrativa.

A decisão do Consecor foi tomada em reunião ordinária realizada no dia 28 de maio de 2020. Tratou-se da Resolução Deliberativa Consecor nº 027/2020, cujo texto informava: “O Consecor, acompanhando por unanimidade o voto do Conselheiro Relator, decide pelo não provimento do recurso interposto, mantendo sem reparos a decisão 005/2020 do Conselho da Polícia Civil, que manteve a decisão 060/2019, que aplicou a penalidade ao servidor.”

Em nota enviada na última sexta-feira (11), a Polícia Civil informou que “o processo que trata da expulsão citada passou pela Secretaria de Gestão e Recursos Humanos e foi encaminhada para a Secretaria de Governo, que aguardava o retorno do governador, que estava em agenda de trabalho em Brasília, para assinatura do documento para posterior publicação no Diário Oficial.”

O advogado que defende o ex-policial neste processo foi acionado, mas não retornou as ligações nem respondeu as mensagens enviadas pela reportagem.

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