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"Me vi morto", diz homem que contraiu febre maculosa em Cachoeiro

"Me vi morto", diz homem que contraiu febre maculosa em Cachoeiro

Cledson de Souza, de 43 anos, passou treze dias internado após ser picado pelo carrapato-estrela durante uma pescaria

Carol Leal

Repórter / [email protected]

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 19:24

Doença foi contraída por picadas de carrapato-estrela em um rio em Cachoeiro
Doença foi contraída por meio de picadas de carrapato-estrela perto de um rio, onde um homem pescava em Cachoeiro Crédito: Matheus Martins

"Me vi morto em cima da cama", disse Cledson de Souza, de 43 anos, infectado com febre maculosa no distrito de Itaóca Pedra, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. Ele recebeu alta hospitalar na última quarta-feira (27) e conta que seu amigo Renan Rolli, de 30 anos, segue internado. Os dois contraíram a doença por meio de picadas de carrapato-estrela durante uma pescaria em uma ilha localizada no meio de um rio.

Em entrevista para o repórter Matheus Passos, da TV Gazeta, Cledson contou que ficou pouco tempo no local e não percebeu quando foi picado pelos carrapatos, mas sentiu a pele coçar. Cerca de quatro dias depois, ele começou a sentir dores de cabeça e febre e procurou um hospital particular, mas não relatou a pescaria.

A princípio ele foi diagnosticado com dengue devido à queda de plaquetas no sangue, mas os sintomas pioraram nos dias seguintes e ele retornou à unidade de saúde. Logo após, foi diagnosticado com febre maculosa.

Cledson de Souza, de 43 anos, contraiu febre maculosa após pescaria
Cledson de Souza, de 43 anos, contraiu febre maculosa após uma pescaria Crédito: Matheus Martins

É uma doença muito grave, eu quase morri. Quero avisar a galera que gosta de pescaria para se prevenir e relatar qualquer sintoma. O meu erro foi não contar logo sobre o contato com carrapato. É uma doença séria e exige cuidado

Cledson de Souza

Empresário

Ele conta ainda que, no segundo dia de internação, foi necessário realizar uma hemodiálise devido ao dano causado aos rins. Ao todo, foram treze dias de internação e difícil tratamento. "Me vi morto em cima da cama, apaguei várias vezes. O tratamento é complicado, um sofrimento que não desejo a ninguém", relata. 

Cledson completa dizendo que futuramente pretende retomar a pescaria, mas que vai evitar o contato com rios. "Depois dessa que passei, o medo é maior do que a vontade", finaliza.

A reportagem tenta contato com a família de Renan Rolli para mais informações sobre seu estado de saúde. 

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