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Publicado em 17 de maio de 2023 às 10:01
Os primeiros casos de gripe aviária no Brasil foram registrados no Espírito Santo. Nesta segunda, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou sobre a confirmação dos três casos de aves marinhas contaminadas pelo vírus da influenza aviária, o H5N1. >
Dois animais são da espécie Thalasseus acuflavidus, conhecida trinta-réis-bando, e foram resgatados em Marataízes, e em Jardim Camburi, em Vitória. >
O terceiro é uma ave migratória da espécie Sula leucogaster (atobá-pardo), que estava no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica (Ipram) desde janeiro e foi infectada pelos dois trinta-réis-bando que chegaram ao Ipram. Os três ficaram debilitados e morreram dias depois da infecção.>
Diante dos casos confirmados e dos riscos da doença ser transmitida para humanos, o que pode ocorrer em caso de contato com animais — mais de 50% de letalidade quando humanos são infectados pelo H5N1 — é importante entender como são identificados os animais doentes e o que fazer ao avistar uma ave doente.>
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O governo do Espírito Santo está atuando na prevenção do avanço do vírus e está definindo até esta quarta-feira (17) um local para atender outras aves que possam vir a apresentar sintomas. >
Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, a previsão é que seja na Grande Vitória visto que o Ipram, onde estavam os animais que tiveram o vírus e morreram foram atendidos, está isolado e não pode receber novos animais. No local também há outras 30 aves que até agora não apresentaram sintomas e continuam em monitoramento.>
Se a ave estiver fraca, é provável que ela seja vista "capotando" nas ondas, sendo jogada contra as pedras ou em repouso na areia da praia, sem esboçar reação com a aproximação das pessoas. >
Ao avistar aves doentes, é recomendado acionar o serviço veterinário local ou realizar a notificação. Não se deve tocar ou recolher aves doentes. >
No Espírito Santo, a recomendação é notificar ao Idaf, por meio de acesso ao site www.idaf.es.gov.br. É possível fazer a notificação também em algum escritório do Incaper da cidade ou na Secretaria de Agricultura municipal para que uma equipe veterinária vá até o local recolher o animal de forma segura.>
Não, a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos, de acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.>
Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Honduras, México, Panamá, Peru, Estados Unidos e Venezuela detectaram surtos do vírus da influenza A(H5N1) em aves domésticas, granjas avícolas e/ou silvestres.>
Até agora, foram confirmadas duas infecções humanas na região: uma em abril de 2022 nos Estados Unidos e outra em 9 de janeiro de 2023 no Equador.>
Embora as infecções humanas sejam menos frequentes, sempre que o vírus da gripe aviária circula entre as aves, há um risco de casos humanos esporádicos. Existe a possibilidade de estabelecer uma transmissão sustentada de pessoa para pessoa, o que pode levar a um surto ou até mesmo a uma pandemia.>
A transmissão da gripe aviária para os mamíferos aquáticos na América do Sul provavelmente ocorreu por meio do contato com material infectante presente em aves selvagens mortas. Predadores e espécies carniceiras foram expostos ao vírus e isso pode ter sido a via inicial de infecção para os mamíferos aquáticos que habitam os mesmos ambientes, segundo informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).>
Na América do Sul, foram relatados casos da variante H5N1 do IAAP em 12 leões-marinhos-sul-americanos, um pool de 5 leões-marinhos-sul-americanos, 1 golfinho-comum e 1 golfinho nariz-de-garrafa no Peru, além de 8 leões-sul-americanos e 1 lontra-marinha no Chile.>
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