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"Fiquei detido como se fosse um vagabundo", diz capixaba deportado dos EUA

"Fiquei detido como se fosse um vagabundo", diz capixaba deportado dos EUA

Marcos Rosário da Silva, 47, natural de Linhares, no Norte do Espírito Santo,  gastou R$ 42 mil para entrar nos Estados Unidos. Ele desabafou após pisar em solo brasileiro

Publicado em 8 de fevereiro de 2025 às 12:57

Deportados dos EUA desembarcaram no aeroporto de Confins, na região metropolitana da capital mineira, nesta sexta-feira (7)
Deportados dos EUA desembarcaram no aeroporto de Confins, na região metropolitana da capital mineira, nesta sexta-feira (7) Crédito: Cristiano Fonseca/Ato Press/Folhapress

Os deportados que chegaram ao Brasil na noite de sexta-feira (7) no segundo voo do novo governo Donald Trump relataram alívio de voltar ao país depois de período detidos pelas autoridades dos Estados Unidos e agradeceram o governo brasileiro pela acolhida.

O voo com 111 brasileiros pousou primeiro em Fortaleza (CE), onde 16 desembarcaram. Outros 95 seguiram para o destino final, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG). Esse último trecho foi realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Em entrevista para os sites Itatiaia e Uol, o mestre de obras capixaba Marcos Rosário da Silva, 47, natural de Linhares, no Norte do Espírito Santo,  desabafou após pisar em solo brasileiro. 

"Pior experiência da minha vida. Fiquei detido como se fosse um vagabundo"

Marcos Rosário

Mestre de obras

Ao site Uol, Marcos contou que gastou R$ 42 mil e chegou nos EUA em 12 de dezembro, quando se entregou à polícia fronteiriça. Ele relatou que ficava algemado na maior parte do dia e a comida fornecida no local onde ficou detido era de péssima qualidade.

Marcos afirmou também ter ficado 15 dias internado no hospital, ocasião em que perdeu mais de 10 quilos.

Em entrevista ao site Itatiaia, de Minas Gerais, Marcos contou sobre o período em que ficou doente. “Chegamos lá e eles pensam que a gente é marginal. A gente só anda algemado. Foram dois meses de presídio. Fui internado em um hospital, estava gripado e eles falaram que eu estava com tuberculose para me largar internado”.

O mestre de obras conta que, enquanto estava sob os cuidados do governo americano, voou algemado e acorrentado.

“Vontade de nunca mais sair do nosso país e agradecer. Isso aqui que é país. Aqui os outros são tratados direito. Fora daqui, o pessoal nos trata como marginais”, desabafou o capixaba.

Com informações da Folha de São Paulo, Uol, e Itatiaia

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