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Publicado em 1 de outubro de 2021 às 11:31
O Brasil apresenta tendência de redução dos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGS), motivada principalmente pelo avanço da campanha de vacinação contra o coronavírus. O Espírito Santo, porém, possui outro comportamento: um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira (1º), indica tendência de aumento a longo prazo de casos das SRAGS no Estado. A fundação acrescenta que 96% das síndromes correspondem a casos de Covid-19.>
O levantamento da Fiocruz, que é conduzido pelo Infogripe, setor da fundação que monitora o comportamento das SRAGS no Brasil, foi concluído com dados coletados durante a semana epidemiológica entre os dias 19 e 25 de setembro, mas indica o comportamento das síndromes respiratórias em um período de três a seis semanas. Além do Espírito Santo, outros quatro Estados apresentam tendência de aumento nos casos das SRAGS: Bahia, Distrito Federal, Pará e Rondônia.>
De acordo com a fundação, a análise dos dados por faixa etária no Espírito Santo indica que a tendência de aumento é concentrada na população idosa. Na maior parte do país, a tendência de aumento, sobretudo a longo prazo, é observada principalmente entre a faixa etária de zero a nove anos de idade, conforme a Fiocruz.>
Por conta disso, a Fiocruz também alerta para a incidência do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que é o principal agente causador de infecções que afetam os pulmões e os brônquios. O VSR afeta principalmente, e de forma mais agressiva, crianças com até três anos de idade, mas é observado também em outras faixas etárias. O coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, destacou que o aumento de casos de VSR pode estar relacionado ao relaxamento das medidas de proteção da Covid-19.>
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"O aumento de casos confirmados de VSR pode estar associado ao relaxamento em relação às medidas de distanciamento que também levou ao aumento explosivo nos casos de Covid-19. Para os casos de SRAG em crianças pequenas sem diagnóstico positivo para Covid-19, o VSR acaba sendo o suspeito natural. Nesse caso, a testagem por RT-PCR é importante não só para o acompanhamento da disseminação do vírus, mas também para o diagnóstico diferencial. Quanto à faixa etária, os casos de VSR apresentam mediana de 0 ano e intervalo de confiança a 90% até os 54 anos de idade, ou seja, o resultado está concentrado no intervalo de 90 das 100 amostras. Ao mesmo tempo, a mediana para o total de casos de SRAG referentes ao ano de 2021 é de 56 anos", disse.>
A Fiocruz também divulgou os dados referentes à análise das tendências de transmissão comunitária das SRAGS nas 27 capitais dos Estados brasileiros, que são divididas em macrorregiões de saúde. Vitória encontra-se na classificação de nível alto de transmissão, junto com outras 17 capitais, que também estão em macrorregiões de saúde com nível alto de contágio.>
Além disso, outras duas capitais integram macrorregiões de saúde em nível pré-epidêmico (Macapá e São Luís), uma integra macrorregião de saúde em nível epidêmico (Boa Vista), quatro estão em nível muito alto (Curitiba, Florianópolis, Goiânia e Rio de Janeiro), e duas em nível extremamente alto (Belo Horizonte e Brasília).>
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