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Publicado em 18 de novembro de 2024 às 20:16
João Victor Brito Silva e Beatriz Gasoni de Azevedo irão a júri popular na próxima quinta-feira (21). Eles são acusados pela morte do ciclista e motorista de aplicativo, Doramir Monteiro Silva, então com 56 anos, encontrado morto em 2022, em Castelo, no Sul do Espírito Santo. >
João Victor, filho da vítima, alegou ter cometido o crime em Cachoeiro – local do homicídio – após o pai tentar agarrar a namorada dele no dia dos fatos. Beatriz, apontada como cúmplice, é ré no processo acusada de ter ajudado o namorado a matar o sogro.>
O julgamento ocorrerá no Salão do Júri do Fórum de Cachoeiro de Itapemirim na quinta-feira (21), a partir das 9h da manhã. O júri será na cidade, pois o crime teria acontecido no município. Após a morte da vítima, o corpo foi levado para a zona rural de Castelo, onde foi incendiado dentro de um buraco. Para a polícia, os dois mataram a vítima para ficar com a herança. >
Segundo a Polícia Civil, Doramir Monteiro Silva, de 56 anos, foi dado como desaparecido em 28 de junho de 2022. No dia 4 de julho, seu filho, João Victor Brito Silva, então com 24 anos, teria confessado ter matado o pai a facadas, alegando que o crime ocorreu em Cachoeiro após o pai tentar agarrar sua namorada no dia dos fatos. >
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De acordo com a investigação, o corpo da vítima foi levado para uma propriedade rural em Estrela do Norte, em Castelo, e queimado em um buraco. Ainda no dia 4 de julho, os restos mortais de Doramir foram encaminhados ao Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim. O crime chocou o Espírito Santo. >
Na época, durante uma coletiva de imprensa realizada em 5 de julho, o delegado Felipe Vivas, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim, apresentou a versão do filho da vítima e detalhes sobre a ocultação do corpo. Segundo o delegado, a namorada de João Victor Brito Silva teria desferido o primeiro golpe de faca após ser agarrada por trás por Doramir.>
“Ele afirmara, em depoimento, que Duramir teria tentando agarrar a companheira. Antes, ele narra que saiu de casa no dia 28 (de junho de 2022) para a Santa Casa (de Cachoeiro), pois a namorada estava grávida, e depois passou em uma farmácia e um bar, mas na segunda (4 de julho) deu outra versão”, disse Vivas.>
"Ele afirmou, em depoimento, que Doramir teria tentado agarrar sua companheira. Antes disso, relatou que, no dia 28 de junho de 2022, saiu de casa para ir à Santa Casa de Cachoeiro, pois a namorada estava grávida, e depois passou em uma farmácia e um bar. Porém, na segunda-feira (4 de julho), apresentou outra versão", disse Vivas. Questionado sobre as contradições, o filho confessou o crime, que contou com a participação da namorada. Segundo o delegado, após o primeiro golpe de faca desferido por ela, o filho desferiu os demais golpes.>
Na época, o delegado afirmou que, ao longo de 15 anos de profissão, a frieza do filho da vítima era assustadora. "São 15 anos de profissão e a frieza assusta. Chega a ser surreal. Eles mataram seu Doramir a facadas, enrolaram o corpo em um lençol, em um tapete e em mais um edredom, e colocaram no porta-malas do carro. Foram a um posto de combustíveis, compraram combustível com o cartão da vítima", disse o delegado.>
O casal segue de carro, então, para Castelo, na propriedade de familiares da namorada do suspeito. “Lá, tiram o corpo e o colocaram numa fossa seca, que vamos apurar se foi cavado para isso ou não. Eles jogaram 3 litros de combustíveis, atearam fogo, esperaram abaixar as chamas e atearam novamente fogo. Ao amanhecer, apagaram o fogo e retomaram para Cachoeiro e foram para uma padaria tomar café”, explicou o delegado.>
A casa, onde a vítima morava com o filho, foi limpa pelo casal com alvejante e outros produtos de limpeza, mas a perícia da polícia acusou que havia sinais de sangue por várias partes e no veículo. >
A reportagem de A Gazeta tenta localizar a defesa dos réus citados na reportagem. O espaço segue aberto. >
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