Publicado em 10 de setembro de 2020 às 13:39
Um idoso identificado como Darci Vitor, de 64 anos, foi encontrado morto dentro do apartamento onde morava no bairro Pôr do Sol, em Colatina, na Região Noroeste do Estado, nesta quarta-feira (9). Familiares relatam que houve demora do Serviço Médico Legal para retirar o corpo do imóvel. Até as 10h desta quinta-feira (10), quando a equipe da TV Gazeta esteve no local, o corpo ainda não havia sido removido.>
O servidor público, Wesley Vitor, disse em entrevista para a TV Gazeta que o corpo do idoso foi encontrado pela filha dele por volta das 18h. Ela sentiu a falta dele ontem à tarde, já que não via ele desde o dia anterior e, quando ela chegou do trabalho, viu que ele também não tinha pegado a marmitinha que fica colocado pra ele todo dia no horário do almoço. Ela chamou uma colega dela e, quando arrombaram a porta, viram que ele estava morto, conta.>
Wesley relatou ainda que após comunicar os demais familiares sobre o ocorrido, eles encontraram dificuldades para retirar o corpo do imóvel. >
A partir daí, começou essa peregrinação que a gente está vivendo aqui. A gente está com o corpo de um servidor público, há praticamente três dias dentro de casa. E como já foi encontrado em óbito, já está em estado avançado. Entramos em contato com a Polícia Militar, que confeccionou o boletim de ocorrência, citando que dois peritos se recusaram a vir, falando que não era competência deles, explica.>
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Entre idas e vindas até a delegacia, a família identificou que o corpo não poderia ser removido por uma funerária, visto que já estava em adiantado estado de decomposição. Uma médica que já acompanhava o idoso foi até o local, mas também não conseguiu ajudar. >
Hoje de manhã a médica do postinho que acompanha ele esteve aqui, ela se prontificou a olhar o corpo e que se fosse possível ela emitiria o atestado de óbito, mas da forma como ela encontrou o corpo, ela não conseguiu ter segurança em atestar o óbito dele, conta o servidor público.>
Outro familiar também relatou a angústia sofrida pela família para conseguir liberar o corpo do idoso. Segundo Sérgio Perin, depois de muita luta, o corpo deve ser encaminhado para o órgão responsável pela verificação de óbitos. >
É uma situação constrangedora, é muito complicado, é uma revolta. A família está aqui desde ontem, a noite toda esperando esse atendimento, sendo que agora depois que pressionamos, eles estão vindo para retirar o corpo e levar para Linhares, para fazer o tratamento certo e depois fazer o sepultamento, relata.>
Sérgio ressaltou ainda que a família não poderá nem fazer o velório, já que houve demora no atendimento do caso. A família agora só pode pegar e fazer o sepultamento. É uma tristeza, passamos uma angústia terrível, porque o corpo já tem três dias que está em decomposição, é muito triste, lamenta.>
A Polícia Civil foi procurada na manhã desta quinta-feira (10), para explicar o motivo da demora no recolhimento do corpo do idoso. Em nota, respondeu à TV Gazeta. >
"Em casos de falecimento em domicílio, por causa natural e não violenta, é necessário contactar uma funerária (ou CRAS, para quem não tem condições de arcar com os custos) para a remoção do corpo para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), onde será realizada a necropsia com emissão da Declaração de Óbito", finalizou a nota.>
Com informações de Alessandro Bacheti, da TV Gazeta>
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