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Publicado em 5 de setembro de 2022 às 17:15
Nesta segunda-feira, dia 5 de setembro, é comemorado o Dia do Irmão. A data simboliza a união e a proteção entre esses familiares. No município de Vargem Alta, no Sul do Espírito Santo, os Agrizzi são exemplo vivo de que essa relação pode ir muito além do mero laço sanguíneo e durar toda uma vida.>
Composta por 14 irmãos, a família mantém a tradição de se reunir na casa onde todos cresceram. A TV Gazeta Sul acompanhou um desses encontros, que relembrou muitas histórias antigas que fortalecem, até hoje, o sentimento de pertencimento entre eles.>
Os irmãos são filhos do casal Agostinho e Maria. Entre o primogênito e o caçula são quase 25 anos de diferença. Descendentes de italianos, eles guardam e revivem a maioria das lembranças da vida em família em um casarão no distrito de Jaciguá, no interior do município.>
O veterinário Eustáquio Agrizzi é o primeiro filho do casal. Aos 79 anos, ele lembra bem do nascimento de um dos irmãos. “O meu irmão Eurico nasceu em uma época que não tinha parteira na região e o parteiro foi o meu pai. Ele dizia sempre que o umbigo foi desinfetado com querosene de lamparina.">
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Da convivência entre as irmãs, a costura faz Eucélia Agrizzi voltar no tempo. “Em uma família desse tamanho existe uma diferença grande de idade. Então quando uma nasce, outras têm 18, 16 e 10 anos. Quando elas já sabem fazer trabalhos manuais, como bonecas e vestidos, elas faziam para nós brincarmos.">
No entanto, é de se esperar que uma casa tão cheia de crianças e adolescentes também tivesse problemas. A funcionária pública lembra que não podia demorar muito tempo no banho para não gastar toda a água quente. “Nós dividíamos um só banheiro”, comenta Eucélia, em entrevista à TV Gazeta Sul.>
Apesar de terem crescido juntos, hoje os irmãos estão espalhados pelo Estado: há quem more em Vila Velha, Domingos Martins e Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo. Ainda assim, mesmo depois da morte dos pais, o casarão em Vargem Alta continua sendo o ponto de encontro da família.>
“Nós vamos fazer isso enquanto nós estivermos aqui. E nós estamos passando isso para os nossos filhos e netos para que perdure para sempre”, conclui Eucélia, ao lado dos 13 irmãos.>
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