EDP diz não ser responsável por eletricidade em corrimão da Ilha do Frade

A origem da corrente elétrica na ponte da Ilha do Frade, em Vitória, que deu um choque em um adolescente, na última sexta-feira (9), ainda é desconhecida. Equipes da prefeitura continuam no local, nesta segunda-feira (12), tentando identificar e onde ela vem. De acordo com a EDP, a energia não veio de nenhum fio da concessionária.

Em nota, a empresa informou que "está contribuindo com a Prefeitura de Vitória na análise da situação da ocorrência na ponte da Ilha do Frade, em especial após a instalação dos corrimãos metálicos. A Concessionária reitera que não foi registrada nenhuma ocorrência na rede elétrica da Distribuidora, que encontra-se dentro das normas técnicas e de segurança".

À reportagem de A Gazeta, o secretário de Transportes, Trânsito e Infraestrutura de Vitória, Alex Mariano, disse que as equipes da prefeitura continuam no local.

"A gente continua tentando descobrir, porque tem outros cabos que passam ali, para alimentar câmeras, cabos que passam por baixo, então a equipe continua lá tentando descobrir e fazer os isolamentos necessários de todas as conexões. A EDP soltou uma nota ontem e tem uma medição que a gente verificou lá que o nível de tensão é muito alto, inclusive foi medido pelo pessoal do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), então a gente continua verificando o que pode ter dado problema."

Posteriormente, em nota, a PMV salientou que técnicos da Secretaria de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana de Vitória fizeram uma varredura completa na estrutura da ponte e foi constatada uma derivação indevida com retirada de energia do sistema.

A Setran garantiu que o circuito derivativo foi desligado e não há mais risco de acidente na estrutura. O trabalho dos técnicos ainda prosseguirá durante a noite desta segunda-feira.

Um adolescente de 15 anos quebrou o punho, na noite de quinta-feira (8), depois de levar um choque ao encostar no guarda-corpo de aço inox que fica na ponte que liga a ilha à Praia do Canto.

Pai dele, o técnico mecânico Sérgio Alencar contou que o adolescente chegou a ficar alguns segundos "agarrado" no corrimão. "Ele estava passando no sentido Vitória. Quando colocou a mão no corrimão ele tomou o choque. Graças a Deus ele fez força e conseguiu sair. Ligaram para nós e fomos até lá. Chamamos o Samu, eles fizeram os primeiros socorros e meu filho estava meio 'grogue'. Ele foi até o hospital, passou por neurologista, ortopedista e foi constatado que, durante o choque, ele quebrou o punho, mas não teve queimadura."

O estudante precisou engessar o braço e voltou para casa. Sérgio contou que, no local, testemunhas disseram que essa não foi a primeira vez que alguém tomou um choque no corrimão.

No dia seguinte ao choque, a prefeitura da Capital fez testes e confirmou que o local estava energizado de fato. Na ocasião, o secretário Alex Mariano afirmou que a energia não estava vindo nem da iluminação pública dos postes nem daquela cenográfica (luzes coloridas de LED que ficam debaixo da ponte).