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É abacaxi mesmo? Especialista explica mutação em fruta no ES

É abacaxi mesmo? Especialista explica mutação em fruta no ES

Formato diferente do abacaxi trata-se de uma mutação genética da fruta; ele foi colhido no Noroeste do Espírito Santo na manhã de sexta-feira (22)

Publicado em 23 de dezembro de 2023 às 14:38

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Abacaxi diferente foi colhido na zona rural de Águia Branca, no Noroeste do ES
Abacaxi diferente foi colhido na zona rural de Águia Branca, no Noroeste do ES. (Josias de Lima Menini)

fruto ‘diferentão’ colhido na comunidade de Córrego do Parado, em Águia Branca, no Noroeste do Espírito Santo, pelo produtor rural Josias de Lima Menini na manhã de sexta-feira (22), é mesmo um abacaxi? O que aconteceu com ele? A Gazeta ouviu um especialista, que explicou tudo sobre esse caso.

Segundo o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) José Aires Ventura, o formato diferente do abacaxi trata-se de uma mutação genética da fruta.

"Trata-se de uma fasciação do abacaxi. Essa mutação é influenciada por vários fatores, principalmente a temperatura. Com a temperatura muito alta, causa a proliferação de coroas da fruta, que vão se abrindo em formato de leque", disse. A  fasciação consiste na conformação anormal em lâminas ou faixas de órgãos das plantas que deveriam ser cilíndricos.

O pesquisador, que é fitopatologista especialista no desenvolvimento de abacaxis, disse que não é possível identificar a variedade da fruta somente pela imagens.

Apesar disso, Aires explicou que a variedade de abacaxi predominante no estado é o pérola, comum em Marataízes, no Sul do Espírito Santo. "O tipo pérola é mais resistente. Mas aqui no estado também temos o Smooth Cayenne, que é aquele que era plantado antigamente. Esse é mais sensível", disse.

O pesquisador disse ainda que não há problema em comer a fruta. "Ela só vai ficar mais fibrosa. O abacaxi normal tem uma coroa só. Ao invés de uma, tem dezenas e as coroas são todas abertas. Além disso, ela não tem açúcar. Mas não tem problema comer", explicou o pesquisador.

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