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Cozinheira atropelada por Transcol tem alta: "A vida é um sopro"

Cozinheira atropelada por Transcol tem alta: "A vida é um sopro"

No dia do acidente, no último dia 10, Tatiane Maia foi levada ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória, e precisou passar por uma cirurgia para amputar a perna

Publicado em 19 de janeiro de 2022 às 21:15

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura

A cozinheira Tatiane Maia, de 45 anos, que é mãe de três filhos e foi atropelada por um ônibus do Sistema Transcol enquanto atravessava a pé a área de saída do Terminal de Carapina, na Serra, na noite do último dia 10, recebeu alta hospitalar na segunda-feira (17). No dia do acidente, ela foi levada ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória, e precisou passar por uma cirurgia para amputar a perna. Sobre o que passou, apesar de abalada, ela garantiu: "Sou mais forte do que pensava". E ainda deu um recado: "A vida é um sopro".

Mulher atropelada por ônibus do Transcol tem a perna amputada
Mulher atropelada por ônibus do Transcol tem a perna amputada. (Leitor A Gazeta | Acervo pessoal | Montagem A Gazeta)

Em conversa com a reportagem, a filha mais velha de Tatiane, a assistente administrativa Beatriz Oliveira, de 26 anos, contou que a mãe ainda está muito fragilizada, apesar de conduzir a vida com um sorriso no rosto. A cozinheira precisará retornar ao hospital nesta quinta-feira (20) para que a cicatrização da cirurgia seja avaliada.

Beatriz afirmou que, o fato de a mãe ter um filho com a doença de Charcot-Marie, uma síndrome rara que leva à atrofia dos músculos, inspirou a cozinheira a superar o ocorrido. "Lucas, de 25 anos, é o filho do meio, inclusive é paratleta e vai se formar em Educação Física pela Ufes. Ele tem sido um exemplo", contou.

Sobre uma possível assistência por parte da empresa responsável pelo ônibus que atropelou sua mãe, Beatriz contou que recebeu contato para que informasse o boletim de ocorrência e, assim, a seguradora pudesse ajudar.

"Hoje (19) o boletim ficou pronto. A empresa disse que tomará providências, mas ainda não retornou o contato. Ficamos incomodados porque já passou uma semana e minha mãe está muito desassistida, dependendo de ônibus para tudo, refazer documentos, ir ao hospital e tudo mais. Ela não tem dinheiro para ir de carro de aplicativo", lamentou.

Apesar de preferir não conversar no momento, Tatiane deixou um recado: "A vida é um sopro". E ainda brincou: "O que é um ônibus em cima de um trator que aguentou 17 toneladas?". A cozinheira, de acordo com a filha Beatriz, é sempre assim: bem-humorada, ri de tudo, faz piada, e enfrenta tudo sem desistir.

O QUE DIZ O GVBUS

Procurado pela reportagem, o Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) informou que a empresa responsável pelo coletivo fez contato inicial com um familiar da vítima e que a seguradora dará seguimento ao caso junto à família. A empresa ressaltou que lamenta o ocorrido.

RELEMBRE O ACIDENTE

A cozinheira Tatiane Maia foi atropelada por um ônibus do sistema Transcol enquanto atravessava a pé a área de saída do Terminal de Carapina, na Serra, na noite do último dia 10, por volta das 19h50.

De acordo com apuração do repórter Caíque Verli, para a TV Gazeta, que esteve no local à ocasião, a vítima foi atingida por um ônibus da linha 505 e teve fratura exposta na perna. Ela foi socorrida ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória.

Demandada, a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Ceturb-ES) informou que na noite desta segunda-feira (10), ao entrar no terminal Carapina, um ônibus atropelou, com a roda traseira, uma pedestre que passava pelo local.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer a mulher.

Errata Atualização
20 de janeiro de 2022 às 16:20

A GVBus enviou nota sobre o caso. A matéria foi atualizada.

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