> >
Combate à Covid criou novas ferramentas para o ES monitorar outras doenças

Combate à Covid criou novas ferramentas para o ES monitorar outras doenças

Instituto Jones dos Santos Neves fez balanço das iniciativas adotadas durante a pandemia que ficaram como legado para o Estado

Publicado em 11 de março de 2025 às 15:14

Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) apresentou, nesta terça-feira (11), um balanço com dados sobre o Espírito Santo após cinco anos do início da pandemia de Covid-19, declarada em 11 de março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e destacou ferramentas desenvolvidas pelo Estado, além de iniciativas adotadas no período que são utilizadas até hoje.

Com base na estrutura do Painel Coronavírus, que monitorava o avanço da Covid-19 no Estado, foi criado um painel para acompanhar a evolução das ocorrências de dengue, com informações sobre casos confirmados, óbitos e o quadro anual da doença.

Segundo o diretor-presidente do IJSN, Pablo Lira, outro legado da pandemia foi a criação do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos, coordenado pelo instituto na pandemia. “Hoje esse núcleo está sendo utilizado, por exemplo, para estudar as arboviroses, com a Secretaria de Estado da Saúde, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros”, declarou.

Pablo Lira, diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos
Pablo Lira destacou que o Estado criou mais de 2 mil leitos para atender pacientes com Covid Crédito: Ricardo Medeiros

Pablo Lira relembrou que o Estado tomou iniciativas para monitorar o avanço da Covid antes mesmo de o primeiro caso ser confirmado, em 5 de março de 2020.

“O Instituto Jones acompanhou todo esse trabalho, fornecendo os dados e as análises estatísticas. E hoje, com esses 5 anos de distanciamento temporal, a gente pode dizer que a pandemia da Covid foi a mais grave crise sanitária dos últimos 100 anos, mas possibilitou o Espírito Santo e o mundo se organizar, aprender, desenvolver protocolos e se preparar melhor”, afirmou.

O diretor-presidente do IJSN ainda destacou que o Estado criou mais de 2 mil leitos para atender pacientes com Covid-19, sendo a unidade da federação com maior número de leitos por habitantes e se mantendo assim até agora.

“Hoje, o Espírito Santo é o Estado brasileiro com o maior número de leitos para atender outras enfermidades. A valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) e da ciência, através também da vacinação, fez o Estado ser referência no Brasil”.

Monitoramento da doença

O Painel Coronavírus foi lançado pelo governo do Estado em 15 de abril de 2020, sendo atualizado diariamente às 17h, com dados de casos confirmados, descartados, suspeitos e óbitos da doença. O portal também apresentou informações sobre a vacinação e a ocupação de leitos hospitalares.

O diretor-presidente do IJSN destacou que, diferentemente de outros Estados e organizações, que deixaram de atualizar dados sobre o avanço da doença após o fim da pandemia, o painel capixaba ainda é abastecido até hoje com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

“O painel continua sendo atualizado. É um trabalho integrado do Instituto Jones, da Prodest, Secretaria de Saúde, Secretaria de Controle e Transparência. Inclusive, esse painel foi avaliado pela ONG OKBR, especializada no mundo em transparência, que deu ao  Espírito Santo a melhor avaliação no quesito de estatísticas da Covid", diz Pablo Lira.

Localidades mais atingidas

Dados levantados pelo IJSN mostram que Vila Velha foi a cidade do Estado com o maior número de mortes por causa da Covid-19. Ao todo, 2.077 pessoas perderam a vida no município canela-verde. Na sequência, aparecem Serra (1.815), Cariacica (1.642), Vitória (1.484) e Cachoeiro de Itapemirim (761).

Já os bairros com o maior número de óbitos são: Praia da Costa, em Vila Velha (215); Jardim Camburi e Jardim da Penha, em Vitória, com 138 e 113 casos, respectivamente; Itapuã, em Vila Velha (107); e Praia do Canto, em Vitória (103).

Em relação à testagem para a detecção da doença, Serra foi a cidade que mais testou (611.212), seguida de Vitória (512.257), Vila Velha (438.080), Cariacica (343.307) e Cachoeiro de Itapemirim (179.892).

Este vídeo pode te interessar

  • Viu algum erro?
  • Fale com a redação

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais