Algumas casas da Avenida Cricaré, em São Mateus, no Norte do Espírito Santo, que ficaram interditadas por conta das fortes chuvas do final do ano passado, estão sendo liberadas pela Defesa Civil Municipal para os moradores retornarem a partir desta semana. Apesar disso, alguns ainda se sentem inseguros.
Segundo o secretário de Defesa Social de São Mateus, coronel Wagner Borges, dois engenheiros estão vistoriando os imóveis, que estão analisando as condições para permitir ou não o retorno. Alguns imóveis já foram desinterditados, mas ele não informou quantos.
“Com a ausência da chuva e a fixação do solo, podemos ter uma noção melhor de como o solo se encontra. Algumas residências, com melhores condições, estão sendo desinterditadas para que moradores possam voltar e viver uma vida normal. Estamos na área com dois engenheiros que fazem verificação do solo, da estrutura das casas. É um trabalho técnico e o morador sai com um laudo de desinterdição”, disse Borges.
A doméstica Marilza Bernardino mora em uma casa na avenida, que fica atrás de um prédio interditado. Por esse motivo, precisou sair e está, de forma provisória, vivendo de aluguel social. Ela ainda não sabe se a casa dela será liberada, mas relata que tem receio de quando voltar a chover. “Ainda me sinto insegura, porque enquanto não está chovendo está tudo bem. Quando voltar a chover, aí, já não sei. Acho que podemos sair de casa de novo”, contou a mulher.
Algumas residências ainda não vão ser liberadas, segundo Borges, devido à permanência de riscos. Ele garante que estão sendo feitas análises criteriosas para que os moradores se sintam mais seguros.
O trabalho de vistoria deve continuar nos próximos dias. Segundo Borges, ainda não há um número preciso das casas que foram desinterditadas e as que continuam interditadas. Quem não pode voltar, pode continuar no aluguel social.
O secretário Wagner Borges conta que em agosto deve ter início uma obra em parceria do município com o Estado para dar mais segurança aos moradores da região. Em um trecho onde ocorreu deslizamento de terra e também em um barranco e na Ladeira do Besouro.
“Onde houve deslizamento de terra, será feito uma obra para garantir a sustentação do solo, o retaludamento, com três níveis, como se fossem degraus de arquibancada. Será plantada grama para dar essa sustentação e impede que surjam trincas, dando segurança", disse.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta