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Casagrande quer comprar vacina brasileira e visita o Instituto Butantan

Casagrande quer comprar vacina brasileira e visita o Instituto Butantan

O governador do ES fez uma visita técnica da área fabril do instituto brasileiro na expectativa de comprar a Butanvac

Publicado em 23 de abril de 2021 às 15:56

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O governador Renato Casagrande
O governador Renato Casagrande visitou o Instituto Butantan, em São Paulo, nesta sexta-feira (23). (Giovani Pagotto/Governo-ES)

Uma visita à fábrica do Instituto Butantan, em São Paulo,  foi realizada pelo governador Renato Casagrande (PSB), na manhã desta sexta-feira (23). O governo do Espírito Santo demonstrou interesse em adquirir doses da vacina brasileira Butanvac que deverá ser produzida pelo instituto ainda este ano.  

Casagrande acompanhou o envase de doses da CoronaVac, que está sendo utilizada na imunização da população do Estado contra a Covid-19

Casagrande quer comprar vacina brasileira e visita o Instituto Butantan

De acordo com o governador,  o interesse na aquisição futura da Butanvac, que deverá ser produzida 100% no Brasil,  poderá  fomentar uma parceria entre o Butantan  e o Laboratório Central do Estado (Lacen), aqui no Espírito Santo

“Nosso primeiro objetivo com essa visita é conhecer o Instituto, que é uma referência em salvar vidas. Segundo, demonstramos o nosso interesse em adquirir a vacina do Butantan, a Butanvac, assim que ela estiver à disposição para adiantarmos a imunização dos capixabas. Outro objetivo é fomentar uma parceria entre o Instituto Butantan e o Lacen para que possamos fazer um intercâmbio de pesquisadores e investimentos, que certamente irão nos ajudar em dificuldades no futuro”, afirmou Casagrande.

Na segunda-feira (26), o governador vai encaminhar um ofício ao Instituto Butantan  solicitando  a reserva de quatro milhões de doses da Butanvac a serem adquiridas pelo Governo do Espírito Santo, assim que ela estiver pronta.

Após visitar a área de envase da CoronaVac, a comitiva capixaba conheceu onde é produzida a vacina da gripe e, posteriormente, a Butanvac, que ainda está em fase de testes.

Participaram da visita, o secretário de Estado de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Tyago Hoffmann e o secretário especial de Governo do Estado de São Paulo, Antônio Imbassahy.

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, se mostrou aberto aos pedidos da comitiva capixaba.

“É uma satisfação recebê-los no Instituto. Vamos trabalhar para atender todos os pleitos e cooperações o mais rápido possível. O capixaba pode ficar tranquilo, pois estamos abertos à essas cooperações. O momento é de oportunidades para a ciência para que o País saia forte e se prepare para as próximas epidemias, pois elas irão acontecer", enfatizou Covas. 

BUTANTAN

Nesta sexta-feira (23), o Instituto Butantan enviou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido para início dos testes em humanos da Butanvac, novo imunizante que será produzido pelo instituto contra aCovid-19. O anúncio foi feito nesta tarde pelo diretor do instituto Dimas Covas, durante entrevista coletiva à imprensa.

“Hoje submetemos o protocolo de estudo clínico de fases 1 e 2 [da vacina]. É estudo que tem duração prevista máxima de 20 semanas, mas a partir da 16ª semana poderemos já ter os resultados de analise primária e, com isso, solicitar o uso emergencial pela Anvisa. Submetemos hoje e aguardamos o parecer da Anvisa e esperamos que isso ocorra dentro do mais curto prazo possível devido à urgência do momento”, falou Dimas Covas.

Para uma vacina poder ser utilizada na população, ela passa por uma fase de estudos em laboratório, uma fase pré-clínica de testes em animais e três etapas clínicas de testes em voluntários humanos, que avaliam a produção de anticorpos, a sua segurança e a sua eficácia.

Os testes da Butanvac, segundo Dimas Covas, serão feitos em adultos. Os estudos deverão começar com 1,8 mil voluntários. Já a fase 3, com maior escala de participantes, deverá incluir 9 mil pessoas. Nesses testes poderão fazer partes, inclusive, adultos já vacinados ou que já tiveram covid-19.

“É um estudo clínico de segurança e imunogenicidade, comparativo. Então, ele não é um teste para incluir voluntários comparando grupo de vacinados com o grupo placebo. Aqui já se tem um padrão, que já foram determinados pelas demais vacinas. Então já se sabe o que esperar de uma vacina”, explicou ele.

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