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Nomeado para Palmares diz que não dará suporte para Dia da Consciência Negra

Nomeado para Palmares diz que não dará suporte para Dia da Consciência Negra

Jornalista Sérgio Camargo afirma que sua gestão trabalhará para 'revalorizar' a princesa Isabel e o dia 13 de Maio, data da assinatura da Lei Áurea, que deu fim à escravidão

Publicado em 11 de dezembro de 2019 às 15:44

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Sergio Camargo, novo presidente da Fundação Palmares, na foto do seu perfil do Facebook. (Reprodução/Facebook)

Nomeado para presidir a Fundação Palmares, o jornalista Sérgio Camargo disse nesta terça-feira, 10, que não dará "suporte algum" para o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. Segundo ele, a sua gestão trabalhará para "revalorizar" a princesa Isabel e o dia 13 de Maio, data da assinatura da Lei Áurea, que deu fim à escravidão.

"No que depender de mim, a Fundação Palmares não dará suporte algum a essa data (Dia da Consciência Negra). Vamos revalorizar o dia 13 de Maio e o papel da princesa Isabel na libertação dos negros", afirmou Camargo, após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. O secretário de Cultura, Roberto Alvim, também esteve na reunião.

A nomeação de Camargo foi alvo de crítica do movimento negro. Nas redes sociais, ele já afirmou que a escravidão foi benéfica e que o Brasil tem um "racismo nutella".

A Justiça Federal do Ceará suspendeu a nomeação do jornalista ao comando da Palmares. A Advocacia-Geral da União já apresentou recurso para reverter a decisão. Camargo disse que a decisão de afastá-lo é "absurda" e "política".

"Claro que tem de acabar o Dia da Consciência Negra, uma data na qual a esquerda se apropriou para propagar vitimismo e ressentimento racial. Não é uma data do negro brasileiro. É uma data de minorias empoderadas pela esquerda, que propagam ódio, ressentimento e divisão racial", disse Camargo nesta terça.

Ele ainda afirmou que nunca negou a existência do racismo no Brasil. "É uma deturpação das minhas postagens nas redes sociais "

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Segundo Camargo, porém, o racismo "não é estrutural, segundo tese da esquerda". "Ele é circunstancial". O jornalista ainda afirmou que o pior tipo de racismo é praticado por movimentos de esquerda. "Pelas milhares de pessoas que nas redes sociais estão me chamando de capitão do mato. Uma ofensa racial, uma injúria racial que deve ser levada à Justiça no momento certo. Então, são pessoas racistas e militantes da esquerda que me chamam de capitão do mato. Esses sim, os piores racistas do Brasil", disse

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