Publicado em 22 de setembro de 2020 às 17:01
A Justiça decretou, nesta segunda (21), prisão preventiva de Eduardo Fauzi, acusado de ser um dos responsáveis pelo atentado à sede do Porta dos Fundos, na capital fluminense. A decisão ocorre após a Justiça do Rio ter recebido denúncia feita pelo Ministério Público.>
A Polícia Federal já havia comunicado no início do mês (4) que a Interpol em Moscou tinha prendido o empresário apontado como um dos autores do ataque.>
Em comunicado enviado ao Porta dos Fundos, o agente Alexandre Alves Santos diz que foram iniciados "os procedimentos para dar início ao processo de extradição pelas vias diplomáticas conforme solicitação da nossa congênere em Moscou".>
Fauzi estava na Rússia desde 29 dezembro, após fugir do Brasil. Ele já havia morado no país anteriormente, segundo os investigadores do caso.>
>
Na ocasião do atentado, coquetéis molotov foram arremessado em direção à sede da produtora carioca. De acordo com o MP, o autor do ataque teria assumido risco de matar o vigilante do imóvel, que estava no local quando o ataque aconteceu, em dezembro do ano passado -pelo fato de parte da fachado do prédio ser de vidro, o vigilante poderia ser visto pelos responsáveis pelo atentado, diz a denúncia.>
De acordo com o Ministério Público, o vigilante só não morreu porque reagiu rapidamente, "conseguindo controlar o incêndio causado e fugir do imóvel, mesmo a portaria sendo pequena, com apenas uma saída".>
A decisão também destaca o motivo fútil do atentado, que teria ocorrido como reação a um especial do Porta dos Fundos, -o filme retrata um Jesus gay (Gregorio Duvivier), que se relaciona com o jovem Orlando (Fábio Porchat), e um Deus mentiroso (Antonio Tabet) que vive um triângulo amoroso com Maria e José.>
O empresário Eduardo Fauzi está na lista dos mais procurados da Interpol. Ele foi incluído na Difusão Vermelha da Interpol, a polícia internacional. Trata-se do alerta máximo da entidade.>
O empresário diz estar escrevendo um livro em que conta detalhes do atentado à produtora.>
Fauzi, que fugiu para Moscou no fim do ano passado um dia antes da expedição de seu mandado de prisão, disse se sentir como um perseguido político.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta