Após passar por Vitória com relativo sucesso (recebeu cerca de 83 mil visitantes em 10 dias), a Logos Hope aportou nesta sexta (25), em Salvador (BA), causando polêmica nas redes sociais.
Tudo começou, na terça (22), após um post em inglês publicado pela organização cristã OM Ships International, responsável pela administração do navio-livraria. Em tom didático, o texto dizia que a embarcação estaria se dirigindo a "uma cidade conhecida pela crença do povo em espíritos e demônios".
Em outra parte da postagem, a equipe da livraria proclama os seguidores a orarem pelo sucesso da viagem, chegando a pedir proteção, força e sabedoria para os membros da equipe durante a estadia do navio em Salvador.
A reação dos internautas baianos foi praticamente imediata. A maioria, inconformados com a desinformação e a possível falta de respeito da empresa pela diversidade religiosa da capital baiana.Faça um grande favor: nem entre na Baía de TODOS os Santos. O mundo não precisa de mais ignorância e desrespeito às religiões e crenças, desabafou um usuário das redes sociais.
Que Exu os receba na entrada com toda a sua sabedoria e nos proteja do Satanás que vocês carregam dentro do coração", disse outra internauta, bem exaltada.
Com a repercussão negativa, a OM Ships International apagou a postagem na manhã desta sexta-feira. Horas depois, o grupo fez uma nova postagem de forma mais branda, retirando as questões religiosas, mas ainda assim pedindo orações em sua estadia na Capital baiana.
Mesmo com a postagem, os baianos continuaram mostrando sua indignação com o post feito anteriormente.
Assumidamente evangélica, a Logos Hope se descreve, em seu site oficial, como sendo um "movimento global de treinamento e evangelismo cristão.
A previsão é que o barco fique atracado em Salvador até o dia 5 de novembro. A passagem do navio pelo Brasil termina no dia 27 de novembro, em Belém (PA). A livraria chegará à Região Norte, com os seus 400 tripulantes, em 13 de novembro.
*Com informações do jornal O Metro - BA
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta