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Publicado em 11 de abril de 2021 às 14:00
- Atualizado há 5 anos
Em seu mais recente lançamento, o Duo Severino, de Edson Freitas e Humberto Campos, quis mesclar a maior quantidade de ritmos possíveis. Não à toa batizaram o EP de "Ainda é Carnaval", afinal, tudo acaba em festa nessa época do ano. “Fomos no pop, na marcha indie, no indie, soul music... E já viemos desse movimento de mistura há algum tempo, quem nos acompanha sabe”, fala Humberto, à Gazeta. >
E continua: “Nossa ideia, na verdade, era rodar o Brasil no ano passado só com músicas autorais. A gente sabe que o mercado para autoral é difícil e queríamos nos dar esse projeto. A pandemia nos impossibilitou de ir, mas ainda temos essa vontade. E aí ficou o EP, que já era para ter sido lançado, como um marco para esse momento do duo”. >
Em cinco faixas, as canções não tratam de um tema específico. Elas abordam diferentes inspirações que os artistas capixabas tiveram em suas composições. Três delas são totalmente inéditas – "Bela Flor", "Café" e "Brinquedo". "Ainda é Carnaval" e "Trejeitos e Defeitos" já haviam sido lançadas em forma de single. >
“Começamos experimentando nesse formato de single e aí amadurecemos a ideia para o EP. Nesse segundo EP de nossa carreira, quisemos fazer algo diverso, com a nossa cara. E a gente acabou não focando em uma mensagem específica. Pegamos e selecionamos canções de uma forma que a sequência delas conversasse, mas com temáticas distintas. Tem música que fala de traição, que fala de personagem feminina encantadora... Tem até 'Brinquedo', que a gente brinca com a questão de ‘sair do armário’, de assumir o romance. E a pluralidade de ritmos é a grande tônica desta produção, dentro desse universo todo variado”, reitera. >
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Humberto também diz que esse EP marca um momento de decisão forte para ele e o parceiro, Edson. Os dois, há mais de um ano parados, conseguiram financiar a produção do CD de forma independente com recursos que estavam guardados: “E que bom que temos esse planejamento”. Mas o músico revela a ansiedade de poder voltar aos palcos: “Dá uma ansiedade, uma agonia... Que você não tem ideia do que é não poder ir para a rua para mostrar o trabalho novo”. >
E continua: “A gente queria, como disse, rodar o Brasil em 2020, tocar no máximo de lugares que pudéssemos. Desde quando a gente começou, em 2017, a gente trabalhava para ter esse momento de rodar o País. Em 2018 tocamos muito, foi excelente. Em 2019, o irmão do Edson adoeceu e precisamos dar essa assistência à família. E em 2020 decidimos que seria o nosso momento”. >
Com os planos postos de lado, por tempo indeterminado, os dois torcem para que a música e sonoridade própria aqueça os corações de quem mais precisa e seja motivo de alegria e diversão aos amantes das canções. Sem previsão de retorno às atividades regulares, também avaliam: “A música autoral já tem um cenário difícil. Depois, vai ser ainda mais complicado para a gente se reposicionar na cena. Muitas casas que dão oportunidade para o autoral estão fechando”. >
E adianta: “Mas estamos trabalhando forte nesse EP, que está no ar, já disponível nas plataformas digitais, e trabalhando também em um outro, que deve sair em breve, ainda sem data. Nesse próximo, talvez, a gente foque na solidão, em alguma mensagem assim. Estamos na fase de selecionar as primeiras 15 músicas para depois irmos filtrando até chegar ao resultado final. Mas estamos otimistas e felizes com tudo o que está acontecendo e gratos por termos essa oportunidade”. >
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