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Duo capixaba, Rantemario Caffè lança seu primeiro clipe: 'Mares'

Duo capixaba, Rantemario Caffè lança seu primeiro clipe: "Mares"

Os dois EPs da banda, "Regência Volume 1" e “Thesis”, este gravado em inglês, devem chegar às plataformas digitais no final de 2019

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 13:11

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Banda capixaba Rantemario Caffè. (Glauber Couto/Divulgação)

Uma batida alternativa, com uma pegada de inclusão social e a necessidade de fazer uma música com a capacidade de “aquecer a alma”. Assim podem ser definidos os capixabas do Rantemario Caffè, duo que chega agora ao mercado após o lançamento do seu primeiro clipe, “Mares”, nas redes sociais.

O vídeo da banda composta por Anderson (baixo, voz, teclados e loops) e Jorman (percuteria, voz e guitarra), ex-integrante do Herança Negra, traz elementos como o amor à natureza e a força da superação embalados por um ritmo pop-eletrônico. Como bônus, o clipe conta com participação especial do surfista Carlos Kill, bicampeão mundial de surfe adaptado.

“Gravamos na Ponta da Fruta, em Vila Velha. É uma música que fala de renascimento”, adianta Anderson, dizendo que “Mares” trabalha questões como acessibilidade e diversidade. “O Carlos tem um trabalho bacana de ‘special surf’ com crianças com necessidades especiais. Nós precisamos falar mais de acessibilidade do que de armas, lançar um olhar para fazer o bem”, filosofa.

“Mares” - que conta com direção de Henrique Bressiani, da Nave produções -  será apresentado no próximo sábado (2), em uma festa para convidados em Vila Velha. “Além disso, vamos fazer um lançamento oficial para o público, ainda em novembro, na Rua da Lama, em Jardim da Penha”, detalha o músico.

SENTIMENTOS

“Mares” é integrante do primeiro disco do Rantemario Caffè, “Regência Vol. 1”. São sete faixas num trabalho intimista, que versa sobre sentimentos díspares, como isolamento (“Overbooking”), alcoolismo (“Contumaz”), depressão (“Dia”), amizade (“Crossover”), superação de adversidades (“Leme”), plenitude (a já citada “Mares”) e legado (“Distância Segura”).

Sobre os motivos de abordar com simplicidade assuntos considerados “pesados” para música, Anderson responde de forma mais descomplicada ainda. “Uma das maiores dificuldades que os artistas têm é de criar um método de se expressar. As doenças emocionais e do trabalho estão permeando a sociedade. São coisas que as pessoas querem evitar, mas toca a todos. Falar sobre isso é necessário e nada melhor do que em forma de música e arte”, acredita.

Banda capixaba Rantemario Caffè. (Glauber Couto/Divulgação)

"Regência Vol. 1" tem um conceito de "Do It Yourself" ("faça você mesmo" em bom português),  ou seja: é um projeto com recursos próprios, todo feito em casa, mais precisamente em um quarto, com equipamentos longe de serem considerados "state of the art", como nos grandes estúdios.

“É um trabalho que traz liberdade artística. Fazer em um estúdio teria um custo altíssimo. Além disso, adaptei para o meu dia a dia. É preciso ter disciplina e organização. Fiz todos os arranjos e a maioria das letras”, conta o artista, que tem como referências vários estilos musicais, que vão desde Novos Baianos até os The Beatles, passando pelo som death metal.

A essa altura do texto você já deve estar se perguntado: “Por que Rantemario Caffè?”. “Foram várias questões. Rantemario é um dos montes mais altos da Indonésia e o Caffè vem da bebida que aquece a alma”, explica Anderson, complementando que, além de “Regência Vol. 1”, o grupo tem outro EP no gatilho: “Thesis”, somente com músicas em inglês.

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“Gravamos em inglês como uma espécie de 'codificação'. Tomamos a liberdade poética de usar outro idioma. Como no primeiro disco, ‘Thesis’ também vem em um crescente de sentimentos, com músicas que vão versar sobre os sentimentos das pessoas comuns”, contempla, dizendo que os dois EPs devem chegar às plataformas digitais até o final de 2019.

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