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Ancine adia decisão sobre cota de tela para 2021 e cancela chamadas públicas

Ancine adia decisão sobre cota de tela para 2021 e cancela chamadas públicas

Política define por quanto tempo os filmes nacionais devem ficar em cartaz

Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 16:22

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Fachada da sede da Ancine (Agência Nacional do Cinema), na região central do Rio de Janeiro
Fachada da sede da Ancine (Agência Nacional do Cinema), na região central do Rio de Janeiro. (Lucas Tavares/Folhapress)

A diretoria colegiada da Ancine, a Agência Nacional do Cinema, se reuniu nesta terça-feira (8) para deliberar sobre o adiamento da fixação da cota de tela de 2021 para o ano que vem -- e não nas últimas semanas de dezembro, como costuma ocorrer.

Por dois votos a um, o órgão optou por adiar a decisão, sob a justificativa de que é necessário observar o comportamento do setor entre janeiro e março de 2021 diante da pandemia de Covid-19, para então definir os parâmetros para a nova cota de tela.

Agora, a recomendação segue para a Secretaria Especial da Cultura, para análise e deliberação. A cota de tela diz respeito à quantidade de dias em que as salas de cinema devem exibir um filme nacional ao longo do ano e visa dar espaço à produção brasileira.

Na mesma reunião, a diretoria decidiu por unanimidade cancelar inscrições e os saldos de algumas chamadas públicas referentes aos últimos quatro anos. A medida anula compromissos financeiros firmados pela agência com produtores nacionais. No total, as chamadas somam mais de R$ 300 milhões.

Também foi definida, na reunião da diretoria, a extinção do regulamento geral do Prodav, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual, responsável pelo fomento na produção, distribuição, comercialização e exibição de conteúdo audiovisual brasileiro. Agora, cada edital seguirá critérios próprios -- o que pode burocratizar o processo e o tornar menos transparente.

A pandemia também fez com que a Ancine optasse por refinanciar o programa de digitalização do parque exibidor Cinema Perto de Você. Outras medidas tomadas pelo órgão na reunião incluem a prorrogação, por seis meses, do prazo para a contratação de linhas de crédito emergenciais e a autorização para novas chamadas públicas destinadas exclusivamente a série televisivas em animação e ao desenvolvimento de jogos eletrônicos.

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Ainda foi criada, no encontro, a Câmara Técnica de Produção, que deverá operar por um ano com o intuito de avaliar o mercado de produção audiovisual brasileiro, coletar dados sobre o setor, discutir políticas de financiamento, planejar ações de desenvolvimento e acompanhar a aplicação de normas e critérios para o financiamento público.

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