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Capixaba diz que foi desclassificada injustamente do Enem

Capixaba diz que foi desclassificada injustamente do Enem

Jovem postou um vídeo em suas redes sociais, relatando que foi expulsa do local de provas após informar para dois idosos, que também eram candidatos, qual era a página onde estava a redação.  O problema, segundo ela, é que uma fiscal deu autorização para que ela ajudasse os idosos

Publicado em 4 de novembro de 2019 às 19:58

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Cecília Alberto Gorl relatou em suas redes sociais que foi expulsa injustamente do local de provas do Enem. (Reprodução/ Instagram Cecília Gorl)

Uma jovem capixaba que mora no Rio Grande do Sul afirma que foi desclassificada injustamente no primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Cecília Alberto Gorl, de 20 anos, postou um vídeo em suas redes sociais relatando que foi expulsa do local de provas após informar para dois idosos, que também eram candidatos, qual era a página onde estava a redação. A gravação já foi vista por mais de 1,2 internautas.

O problema, segundo Cecília, é que uma fiscal deu autorização para que ela ajudasse os idosos. Em entrevista à Gazeta, a capixaba, que fez a prova em São Leopoldo (RS) e tenta o Enem pela quinta vez em busca do curso de Medicina, relatou que a sala onde ela estava tinha muitos idosos. Um deles, que de acordo com ela aparentava ter problema de audição, teria perguntado para a fiscal em qual página estava a redação. A fiscal, conforme relato de Cecília, disse que não teria como falar a página porque não tinha acesso à prova.

Comovida com a dificuldade do idoso, Cecília questionou à fiscal se ela poderia dizer para a representante da organização o número da página e a profissional repassar a informação para o outro candidato.

"Ela falou bem assim: 'eu não posso falar, mas faz o seguinte. Quando você for ao banheiro, você fala a página para o senhor e aproveita e fala com a senhora da frente que está com a mesma dúvida'. Levantei para ir ao banheiro e fiz o que a fiscal me pediu, falando apenas o número da página", lembrou a capixaba, que mora no Rio Grande do Sul desde fevereiro.

Quando Cecília voltou do banheiro, não pode mais entrar na sala. Uma outra fiscal pediu para Cecília ir até a sala da coordenação, onde foi comunicada que tinha sido desclassificada por cola.

"Nisso eu comecei a chorar, minha pressão caiu, me bateu um desespero. Colocaram a fiscal (que teria autorizado a ação de Cecília) na minha frente, ela olhou para a coordenadora e disse que eu era maluca", recordou.

Cecília ainda garante que conseguiu gravar um depoimento dos dois idosos, em que eles confirmam a versão da jovem. A capixaba registrou uma ocorrência na Polícia Federal.

O QUE DIZ O INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS (INEP)

Nós entramos em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que afirmou por nota que "se o participante se sentiu prejudicado por problemas logísticos durante a aplicação poderá solicitar a reaplicação do exame. O pedido deve ser feito entre 11 e 18 de novembro, por meio da Página do Participante. A solicitação não significa direito à reaplicação. Os casos serão analisados, individualmente, pela Comissão de Demandas do Inep. Não é qualquer acontecimento que pode ser considerado problema logístico. Para o Inep, problemas logísticos são casos excepcionais, como desastres naturais (que prejudiquem a aplicação do exame devido ao comprometimento da infraestrutura do local), falta de energia elétrica (que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural) ou falha de procedimento de aplicação que incorra em comprovado prejuízo ao participante". 

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