Temos 365 dias para transformar o otimismo em realidade

Para além dos projetos pessoais de cada brasileiro, 2026 será um ano no qual os desafios nacionais, que tanto impactam a vida de cada um, terão mais uma chance de serem enfrentados

Publicado em 31/12/2025 às 01h00
Bandeira do Brasil com pontos de interrogação, incertezas, economia, instabilidade econômica
Bandeira do Brasil com pontos de interrogação. Crédito: Shutterstock

Uma pesquisa divulgada neste fim de ano mostra que os brasileiros estão ligeiramente mais otimistas com o ano de 2026 do que estavam com 2025. No levantamento do Instituto Locomotiva, em parceria com a QuestionPro, 83% dos entrevistados acreditam que o ano que começa será melhor do que o que se encerra, enquanto no ano passado o percentual era de 79%. 

Mas o otimismo sem a ação se anula. Para além dos projetos pessoais de cada brasileiro, 2026 será um ano no qual os desafios nacionais, que tanto impactam a vida vida de cada um, terão mais uma chance de serem enfrentados. E é com ação que se dá a transformação, mesmo que em ano eleitoral historicamente seja mais difícil encaminhar as mudanças estruturais de que o Brasil necessita.

A reformulação do Estado brasileiro ainda patina como agenda política, diante da pressão de grupos de interesse que se beneficiam em deixar tudo como está. Uma reforma administrativa que acabe com tantos privilégios é mais que uma pauta fiscal, é também moralizadora. E o país precisa de um Congresso que encare essa mudança. 

E é nesse ponto que 2026 será um ano crucial, com as eleições de outubro. Com um Congresso cada vez mais poderoso, não há presidente da República que consiga governar sem desamarrar esse nó político. Deputados e senadores eleitos pelo povo para legislar devem, de fato, defender os interesses desse povo. O Congresso precisa ter uma nova postura para que os problemas crônicos do país comecem a ser solucionados.

A agenda estadual de 2026 também tem desafios a serem superados, a começar pela reforma tributária, que vai exigir gestão estratégica do Estado e de municípios para manter receita, reter empresas a atrair novos negócios.  

O Espírito Santo precisa  continuar sendo exemplo para o país, como um Estado que faz seu dever de casa fiscal há mais de uma década e assim mantém a capacidade de investimento para gerar mais riquezas e, consequentemente, beneficiar as pessoas.

Na lista de metas do novo ano, estão solucionar antigos gargalos logísticos, que tanto afetam a competitividade capixaba, e reforçar a segurança pública. Embora os homicídios sigam em tendência de queda, é preciso combater diretamente a ação de facções criminosas. E é importante investir também em fiscalização para frear a violência no trânsito, que tira tantas vidas. 

É preciso canalizar esse otimismo do brasileiro para o engajamento político, com a justa cobrança diante de malfeitos e, sobretudo, para o momento soberano do voto. Está nas mãos do eleitor escolher políticos que sejam atuantes e dispostos a melhorar a vida da população. O brasileiro sonha com uma vida melhor e próspera, e isso só vai se concretizar com um país em que  governantes se comprometam verdadeiramente em transformar a realidade, com educação de qualidade, oportunidades para todos e segurança para viver e planejar o futuro.

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