PM é indispensável na Força-Tarefa de Segurança Pública do ES

A segurança pública no Espírito Santo tem muito a avançar com a soma de forças de suas polícias. A divisão só beneficia quem está do outro lado dessa guerra

Publicado em 14/07/2023 às 01h00
PM
Policiais militares no Morro da Piedade, em Vitória. Crédito: Fernando Madeira

A demora da entrada efetiva da Polícia Militar na Força-Tarefa de Segurança Pública do Espírito Santo, mesmo após a oficialização do ingresso das forças estaduais de segurança em março passado, parece ter chegado ao fim com o envio dos nomes dos militares que vão integrá-la.

Embora tenha havido mais esse ruído na consolidação da força-tarefa no Estado, é preciso que se dê por encerrada qualquer hesitação nessa integração. Não importa os motivos dessa lentidão, daqui para frente a sociedade quer começar a testemunhar os resultados.

Isso porque o trabalho da Polícia Militar é valorizado e se torna imprescindível para o bom funcionamento dessa máquina que está começando a operar, cujas peças são cada uma das forças de segurança municipais, estaduais e federais. Se uma delas falta, as deficiências ficam mais difíceis de serem resolvidas.

A Força-Tarefa de Segurança Pública, criada em novembro de 2021,  segue diretrizes do Ministério da Justiça. Além de produzir inteligência, ela tem a missão de investigar facções criminosas e organizações que praticam crimes violentos. A Grande Vitória tem enfrentado o desafio do tráfico, e essa união de forças, financiada com recursos federais, pode ser muito bem aproveitada em investigações robustas, unindo a expertise da Polícia Federal e da Polícia Civil.

Já a Polícia Militar, que está no encalço desses criminosos no dia a dia, tem muito conhecimento acumulado sobre quem atua em cada região e o tipo de armamento utilizado pela criminalidade. Uma capilaridade incomparável. Sem a participação da Polícia Militar, as demais forças vão tatear o que já é previamente conhecido pela instituição, desperdiçando tempo e dinheiro. Por isso, a sua presença é tão almejada. 

Essa cooperação  institucional entre as polícias tem potencial de atacar as organizações criminosas que financiam a compra de armas e drogas e articulam ações que aterrorizam a população em um ponto crucial: o dinheiro. A força-tarefa turbinada pela PM será mais eficiente e mais forte, com o compartilhamento de inteligência. A PM é quem mais conhece na prática o mapa da criminalidade nas cidades e nos bairros.

Enquanto tiroteios perturbam e aterrorizam moradores de bairros onde o tráfico dá as cartas, não há tempo a perder. A segurança pública no Espírito Santo tem muito a avançar com a soma de forças de suas polícias. A divisão só beneficia quem está do outro lado dessa guerra.

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