Avanço na escolarização do ES deve ser incentivo para passos ainda maiores

É um progresso educacional, diante de um cenário repleto de obstáculos. A permanência dos jovens na escola é um desafio que ficou ainda mais complicado com a pandemia

Publicado em 07/07/2023 às 01h00
Escola
Sala de aula. Crédito: Divulgação

É preciso comemorar que as estatísticas mostrem mais da metade dos adultos no Espírito Santo com a educação básica completa. Um avanço apontado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, divulgada pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): pela primeira vez, o levantamento realizado desde 2016 registrou um percentual acima de 50% de pessoas acima de 25 anos com essa escolaridade.

A educação básica abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. Em 2016, 46,3% adultos no Estado tinham a educação básica completa. Em 2022, o nível chegou a 52,1%.

É um progresso educacional, diante de um cenário repleto de obstáculos. A permanência dos jovens na escola é um desafio que ficou ainda mais complicado com a pandemia e o fechamento das escolas nos momentos mais críticos da crise sanitária. O mesmo levantamento, em nível nacional, colocou a necessidade de trabalhar como principal razão para o abandono escolar no país. A escola, assim, acaba perdendo na disputa com a luta pela sobrevivência.

Assim, o aumento do percentual da população que conseguiu finalizar o ensino médio comprova que melhorar o nível educacional da população é possível, embora o caminho continue sendo longo. A  universalização do ensino básico é uma das metas do Programa Nacional de Educação.

Mas a escolarização precisa vir acompanhada de qualidade educacional, com o aumento do nível de aprendizado dos alunos. Nesta quinta-feira (6), foi encerrada a consulta pública sobre o novo ensino médio, proposta pelo Ministério da Educação após suspensão do cronograma de implementação. A pasta vai divulgar um documento com as propostas vindas da consulta nas próximas semanas. A modernização dessa etapa da educação básica é crucial não só para a qualidade do ensino, mas como estímulo à permanência dos adolescentes na escola.

A formação com carências na educação básica vai formar cidadãos com menos qualificação, e isso tem impacto na produtividade e na geração de riquezas. A educação se conecta com a economia, e por isso é preciso dimensionar sua importância na redução das desigualdades sociais. Uma sociedade bem educada acaba sendo uma sociedade menos violenta, com mais oportunidades.

O percentual de mais de 50% da população adulta com essa etapa da educação completa é alvissareiro. Deve ser um estímulo para avanços ainda mais consistentes.

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