Avanços expressivos contra a Covid dão merecido alívio à população do ES

Média móvel de um óbito em 14 dias, redução significativa das internações, com o fechamento dos leitos exclusivos do Hospital Jayme Santos Neves, e outras vitórias permitem comportamentos mais próximos aos do período pré-pandêmico

Publicado em 11/04/2022 às 02h00
Covid
Almir Teixeira, último paciente de Covid a receber alta no Hospital Jayme Santos Neves. Crédito: Vitor Jubini

O status da pandemia neste mês de abril permite respiros de alívio pela população capixaba pouco mais de dois anos após o decreto da Organização Mundial de Saúde (OMS). Sem esquecer as mais de 14 mil mortes pela Covid-19 registradas neste período no Espírito Santo, chegou-se a um ponto de queda drástica, com uma média móvel de um óbito em 14 dias. 

Não é naturalizar as mortes provocadas pela doença que ainda ocorrem ou virão a ocorrer, mas ajustar a situação mais branda às demandas dos comportamentos sociais a esta altura da crise sanitária. As flexibilizações no Estado não decretam o fim da pandemia, mas permitem uma vida cada vez mais próxima daquela anterior ao seu início, sem desligar o alerta.

Na maré de boas notícias, a alta do último paciente de Covid-19 no Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra, simboliza a esperança de dias melhores. O fechamento dos leitos exclusivos no centro que foi referência para o tratamento da doença no Espírito Santo não significa que as portas estejam se fechando para novos pacientes, mas está de acordo com as novas demandas. Em caso de piora da situação da Covid, espera-se que o governo estadual volte a mobilizar as estratégias na saúde. O que ninguém deseja que aconteça, mas as contingências precisam permanecer por um bom tempo.

O Estado também alcançou o menor patamar da taxa de ocupação de leitos de UTI: 3%. Quando se compara com março de 2021, quando a onda de maior mortalidade pela doença atingiu o Estado, esse percentual fica ainda mais expressivo: naquele período, a taxa chegou a 97%, o maior patamar em toda a pandemia. Deve-se colocar em perspectiva também a queda substancial da taxa de transmissão no Estado, após o tsunami provocado pela Ômicron no início deste ano. Atualmente ela está em 0,19, o menor índice desde março de 2020. 

E não se pode esquecer que as vacinas, resultado de um esforço científico que mobilizou laboratórios, universidades e instituições de todo o planeta, é a principal responsável por tudo, da queda de transmissão à redução das internações e mortes. As vacinas conseguiram vencer, no Brasil, até mesmo o negacionismo.

Os esforços, a partir de agora, serão pelo estabelecimento, com base científica, da regularidade da imunização em um calendário, para a manutenção da cobertura vacinal. Isso continuará sendo um desafio que vai impor comunicação em massa, pois as doses complementares encontram um obstáculo cultural: um percentual alto da população não volta a se vacinar. Um milhão de pessoas no Espírito Santo estão com a dose de reforço em atraso, resultado também dessa dificuldade.

Assim, as máscaras deixaram de ser uma obrigação em ambientes abertos ou fechados na semana passada. São agora uma decisão pessoal, e é preciso encarar esse livre arbítrio com responsabilidade, diante de mudança de cenários (que ninguém deseja que ocorra). Os especialistas indicam que ainda é preciso ser prudente, sobretudo em locais fechados e lotados. Com máscara ou sem, todos ainda devem se manter bem-informados, buscando veículos informativos com credibilidade, para assim tomar as próprias decisões com segurança.

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