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Fim prematuro do auxílio pode prejudicar recuperação do Brasil, diz FMI

Fim prematuro do auxílio pode prejudicar recuperação do Brasil, diz FMI

Segundo Kristalina Georgieva, diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional),  a extinção pode gerar obstáculos à recuperação econômica e aumento da desigualdade

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 19:43

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Economia, crise e desenvolvimento
Economia, crise e desenvolvimento. (Freepik)

O fim prematuro do auxílio emergencial pode significar obstáculos à recuperação econômica, aumento da desigualdade e fazer com que o Brasil alcance a marca total de 24 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza. As estimativas são de Kristalina Georgieva, diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional), ao falar sobre o benefício de R$ 300 pago pelo governo Jair Bolsonaro para aliviar famílias pobres do impacto da pandemia.

O presidente brasileiro disse que não vai estender o auxílio para além de 31 de dezembro, mas Kristalina alerta que "cortar essa corda de salvamento" cedo demais pode ser perigoso. A economista defende que países que ainda têm espaço fiscal devem utilizá-lo para acelerar a recuperação econômica, mas, no caso do Brasil, diz que essa margem é limitada e que as autoridades precisam se comprometer com o teto fiscal ao mesmo tempo em que protegem a população mais vulnerável.

Kristalina conversou com a Folha de S.Paulo, El País (Espanha) e Excélsior (México) na última terça-feira (15), após evento para debater a crise na América Latina -a região concentra 8% da população mundial e é uma das mais atingidas pela pandemia, com 20% dos casos e 30% das mortes por Covid-19.

Segundo Kristalina, o início da vacinação em países como EUA e Reino Unido ainda em 2020 é "boa notícia", mas o cenário global não vai melhorar de forma instantânea, principalmente se houver atrasos em nações que ainda não têm um plano de imunização nacional detalhado, como é o caso do Brasil. "Infelizmente, temos que reconhecer que, se a vacinação for retida em algumas partes do mundo, isso trará mais irregularidades na recuperação econômica."

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