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Banco Central deve reduzir juro para amenizar efeito do Coronavírus

Banco Central deve reduzir juro para amenizar efeito do Coronavírus

Retomada mais lenta reforça teoria de que Selic cairá de 4,5% para 4,25% ao ano em reunião que ocorre nesta quarta-feira

Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 08:54

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Passageiros com máscaras protetoras em estação de trem de alta velocidade em Hong Kong. (Kin Cheung/AP)

A previsão de um impacto significativo na economia brasileira devido ao avanço do coronavírus, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá reduzir novamente a taxa básica de juros, na reunião desta quarta-feira (5). A Selic, hoje em 4,5% ao ano deve passar para 4,25%.

A preocupação é de que o vírus que está causando uma epidemia na China provoque uma forte desaceleração no país que ainda engatinha rumo à recuperação, após uma das maiores recessões da história brasileira.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, realizado nesta terça-feira (4), são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.

Ao definir a Selic, o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.

Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.

Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

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A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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