Formada em Ciências Contábeis pela Ufes, com MBA em Controladoria e Finanças e certificações em metodologias ágeis e métricas de produtos. Atua há mais de 18 anos no setor bancário, com experiência em gestão de produtos e projetos. Atualmente, lidera a área de Inovação em Meios de Pagamento e Investimentos do Banestes

Black Friday: 5 tipos de golpes virtuais mais comuns nesse período

A temporada de descontos exige atenção redobrada. Saiba como identificar e fugir das principais armadilhas on-line usadas pelos golpistas

Vitória
Publicado em 11/11/2025 às 08h09

Para o comércio, a Black Friday é a chance de bater recordes de faturamento, enquanto, para os consumidores, é a oportunidade de comprar o produto desejado por um preço justo. Contudo, o aumento de compras on-line nesse período também acende um alerta vermelho: os golpistas se aproveitam desse momento para aplicar golpes.

Eles se valem do senso de urgência e da busca por ofertas "imperdíveis" para enganar consumidores e explorar sua boa-fé com armadilhas que podem levar a prejuízos financeiros e ao roubo de dados.

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Na corrida por promoções, consumidores precisam se proteger: os golpes on-line crescem no período da Black Friday. Crédito: Shutterstock

Por isso, proteger-se exige mais do que apenas procurar o menor preço. É fundamental conhecer os métodos mais comuns utilizados pelos golpistas. Fique atento cinco tipos de golpes virtuais comuns durante a Black Friday:

1. Phishing e o roubo de dados usando links falsos

Criminosos enviam comunicações por e-mail, SMS ou WhatsApp, fingindo ser uma grande loja, um banco ou uma transportadora.

A mensagem quase sempre carrega um tom de urgência, como "Sua compra foi cancelada, clique aqui para reverter" ou "Oferta exclusiva expira em 10 minutos", e induz o usuário a clicar em um link, que leva a uma página falsa, projetada para roubar dados de login, senhas e, o mais perigoso, números de cartão de crédito.

  • Como se prevenir: Jamais clique em links recebidos por esses canais. Se a oferta parecer real, digite o endereço oficial do site diretamente no seu navegador ou use o aplicativo oficial da loja para verificar a promoção. Desconfie de remetentes com endereços de e-mail estranhos.

2. Lojas fantasma e sites clonados

Nesse golpe, os criminosos criam sites falsos de lojas conhecidas. A fraude está nos detalhes: o endereço do site pode ter uma letra trocada, duplicada ou um final diferente.

A vítima efetua o pagamento, que, em geral, só pode ser feito via Pix ou boleto, e nunca recebe o produto. Já o site desaparece em poucos dias.

  • Como se prevenir: Verifique sempre o endereço do site e procure pelo símbolo do cadeado (https), que indica uma conexão segura. Antes de comprar, consulte a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui e verifique se ela possui CNPJ, endereço físico e canais de atendimento confiáveis.

3. Ofertas "boas demais" nas redes sociais

As redes sociais tornaram-se grandes vitrines, mas também vetores de golpes. Criminosos criam perfis falsos ou até mesmo invadem contas reais para anunciar produtos, como smartphones, TVs e videogames, por preços baixos.

O fraudador exige pagamento imediato, quase sempre via Pix para um CPF, para "garantir" a oferta. Porém, após a transferência, o perfil bloqueia a vítima e desaparece.

  • Como se prevenir: Desconfie sempre de preços muito abaixo da média de mercado. O ditado "quando a esmola é demais, o santo desconfia" é a regra de ouro aqui. Compre apenas nos perfis oficiais e verificados das grandes varejistas.

4. Golpe do boleto adulterado

Mesmo em sites legítimos, o consumidor pode ser vítima no momento do pagamento. Em alguns casos, malwares (vírus) instalados no computador da vítima podem alterar os dados de um boleto bancário no momento em que ele é gerado ou copiado.

Em outra variação, o golpista envia um e-mail com um "boleto atualizado" referente a uma compra que você realmente fez, alegando um erro no sistema, mas, ao pagar, o dinheiro é direcionado para a conta do fraudador.

  • Como se prevenir: Ao pagar um boleto, confira os dados do "Beneficiário". O nome e o CNPJ devem ser exatamente os da loja onde você está comprando. Se o beneficiário for uma pessoa física ou uma empresa desconhecida, desconfie.

5. Fraude no pagamento via Pix

Esse golpe é comum em sites falsos ou em ofertas por redes sociais.

No momento do pagamento, é fornecida uma chave Pix que direciona o dinheiro para a conta de um terceiro usado para receber o valor, e não para a empresa.

  • Como se prevenir: Antes de confirmar qualquer transação Pix, confira com atenção máxima os dados do destinatário que aparecem na tela de confirmação do aplicativo do seu banco. O nome e o CPF/CNPJ devem corresponder exatamente ao vendedor. Se os dados forem de uma pessoa desconhecida, não conclua o pagamento.

A Black Friday é uma excelente oportunidade para economizar, mas exige cautela. Planeje suas compras, pesquise preços e, acima de tudo, mantenha a segurança digital como prioridade.

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