Esquente os tamborins e fique por dentro dos bastidores do Carnaval de Vitória com Jace Theodoro

Sambando na roda: Marilza Zanchetta, sangue italiano que ferve pelo samba

Diretora da Velha Guarda da Unidos de Jucutuquara, ela começou a frequentar os ensaios da escola assim que se mudou para Vitória. Hoje, sua casa volta e meia se transforma em ateliê para a confecção de fantasias

Publicado em 18/02/2020 às 06h00
Atualizado em 18/02/2020 às 06h00
Marilza Zanchetta participa do grupo Sociedade Livre do Samba. Crédito: Divulgação
Marilza Zanchetta participa do grupo Sociedade Livre do Samba. Crédito: Divulgação

Nossa última, mas não menos importante, entrevistada do Sambando na Roda é Marilza Zanchetta, que tem sangue italiano e amor incondicional por samba e carnaval. O marido, Juarez, a conquistou fazendo serenatas ainda em Castelo, onde viviam e frequentavam blocos de rua no carnaval.

Ao vir para Vitória, foram morar em Jucutuquara e, com o tempo, ela começou a frequentar os ensaios da Unidos de Jucutuquara, até que Juarez entrou para a Velha Guarda e Marilza também quis participar. Já foi diretora social da escola e hoje é diretora da Velha Guarda. Ela faz as reuniões do grupo em sua casa, que, volta e meia, vira ateliê para confecções de fantasias da Nação.

Nossa entrevistada, sempre animada, participa do grupo Sociedade Livre do Samba e é guardiã dos pertences de Milson Henriques, nosso artista multimídia, que antes de morrer lhe doou parte do seu acervo. As filhas, Juana e Carol, são ritmistas da escola, e Marina é compositora e hoje segunda porta-bandeira da Jucutuquara. Sua luta atual é a conquista de um espaço cultural que abrigue todo o rico acervo de Milson. Com vocês, nobres leitores, Marilza Zanchetta:

O CARNAVAL É…

Alegria e cultura.

SE FOSSE UM INSTRUMENTO DE BATERIA, EU SERIA...

Surdo, porque sou apaixonada por sua batida, fico sempre marcando com a mão quando ouço.

MEU SAMBA-ENREDO PREFERIDO É...

“Passarão os passarinhos, pra cantar meu sabiá, é Jucutuquara sorrindo pro velho Braga homenagear...” (Do carnaval da escola em homenagem ao cronista Rubem Braga, que tem a filha Marina entre os compositores).

MINHA FANTASIA FAVORITA É...

Descontração e alegria.

PARA QUEM QUER QUE O SAMBA MORRA, EU DIGO...

Esqueça, não vai morrer nunca.

MEU ÍDOLO DO CARNAVAL É…

Mestre Ditão, ex-presidente da Jucutuquara falecido em 2015, às vésperas do carnaval.

SE FOSSE CONVIDAR ALGUÉM PARA DESFILAR COMIGO SERIA...

Marilza Zanchetta com a Velha Guarda da Jucutuquara. Crédito: Divulgação
Marilza Zanchetta com a Velha Guarda da Jucutuquara. Crédito: Divulgação

Se vivo estivesse, seria Milson Henriques, querido e saudoso amigo.

SEM CARNAVAL E SAMBA, EU FICARIA...

A vida seria muito triste pra mim.

NO ENREDO DO MEU SAMBA NÃO PODE FALTAR...

Confraternização com os amigos sambistas, um bom relacionamento com todos.

UMA LETRA DE SAMBA QUE ME DEFINE É...

“Acredito ser o mais valente nessa luta do rochedo com o mar… é hoje o dia da alegria” ("É hoje", samba-enredo da União da Ilha do Governador de 1982).

PARA QUEM NÃO ENTENDEU O ENREDO DO MEU SAMBA, EU DIGO...

Paciência, eu quero ser feliz e a vida é curta demais.

NO PRÓXIMO CARNAVAL, EU PROMETO...

Transmitir muito samba e alegria para todos os foliões.

NA MINHA VELHA GUARDA NÃO PODE FALTAR…

União, muita vibração e samba.

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