
Nos próximos trinta dias, vão sentar no banco dos réus médico, advogado e líder de facção criminosa detido em presídio federal. As acusações contra eles, que envolvem crimes de homicídio e tentativa de assassinato, vão ser analisadas pelo Tribunal do Júri de Vitória. Um dos casos aguarda encerramento há 17 anos.
Trata-se de crime contra uma mulher, em que um dos réus é um advogado. Os fatos aconteceram em Viana, mas o júri foi transferido para Vitória. Em maio também será avaliada a ação de um homem de 66 anos, acusado de matar a filha a golpes de canivete.
Após adiamento, também volta para júri a morte da pedagoga e miss pomerana, Rayane Luiza Berger, 23 anos, ocorrido em 7 de junho de 2015. Foi apontado como autor do crime o médico Celso Luís Ramos Sampaio, ex-companheira dela. O corpo foi encontrado por bombeiros voluntários em um rio próximo ao distrito Alto Rio Posmosser, zona rural de Santa Maria de Jetibá, em um carro submerso.
Marcado para o último dia 13 de março, o julgamento foi adiado por uma liminar do Tribunal de Justiça, a pedido da defesa do médico. O argumento era o de que faltavam imagens das câmeras de segurança que não tinham sido anexadas ao processo, o que já foi feito.
Noites sangrentas
No início de junho será a vez de Geovani Andrade Bento, o Vaninho, um dos integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Vitória (PCV). Sua participação será por videoconferência, considerando que está no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia.
Ele e outros quatro réus são acusados pela morte dos irmãos Ruan e Damião, um dos vários crimes que ficaram conhecidos como “as noites sangrentas da Piedade”, ocorridos entre 2018 e 2020. Dez pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas.
Como foram vários crimes, os julgamentos vêm sendo realizados por etapas ao longo dos últimos anos. Há acusados que vão enfrentar o júri por várias vítimas.
Outro caso previsto para maio envolve cinco pessoas acusadas pela morte de um jovem, em Vitória. Três policiais fazem parte do grupo. Senta no banco dos réus Walace Luiz dos Santos. O seu advogado não se manifestou
Confira os julgamentos e as informações presentes em decisões judiciais:
- Crime contra mulher - 12 de maio, às 9h
- O crime aconteceu em 14 de março de 2008, por volta de 2h, em Areinha, Viana. Katyuscia Gomes de Mello estava na casa de uma amigo. Na madrugada duas pessoas tentaram entrar no local e ela foi alvo de tiros. Julio Cesar Novaes e Alex Oliveira de Jesus foram encaminhados a júri por tentativa de homicídio.
- Morta a golpes de canivete - 19 de maio, às 9h
- Um homem de 66 anos, Sebastião Carlos da Silva, vai sentar no banco dos réus sob a acusação de matar a filha de 30 anos, Brenda Luiz da Silva, com golpes de canivete. O crime ocorreu em 8 de junho do ano passado, por volta das 18 horas, no bairro Santos Dumont, em Vitória.
- Crime da miss pomerana - 21 de maio, às 8h
- O médico Celso Luís Ramos Sampaio será julgado pela morte da pedagoga e miss pomerana, Rayane Luiza Berger, 23 anos, sua ex-companheira. O crime ocorreu em 7 de junho de 2015. O julgamento, marcado para 13 de março, foi adiado por uma liminar do Tribunal de Justiça, a pedido da defesa do médico. O argumento era o de que faltavam imagens das câmeras de segurança que tinham sido anexadas ao processo, o que já foi feito.
- Execução de jovem - 26 de maio, às 9h
- Será julgada a primeira das cinco pessoas que foram acusadas pela morte de um jovem, em Vitória. Três policiais fazem parte do grupo. O crime do qual o grupo é acusado ocorreu em 21 de fevereiro de 2022. Foi morto Felypy Antônio Chaves, conhecido como ‘Cambalaxo’, ao lado da arquibancada do campo de futebol, no bairro Itararé. Senta no banco dos réus Walace Luiz dos Santos. O seu advogado não se manifestou.
- Liderança de facção no banco dos réus - 4 de junho, às 9h
- Geovani Andrade Bento, uma das lideranças da facção criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV) volta a sentar no banco dos réus por um dos crimes das noites sangrentas na Piedade, em Vitória. Enfrenta os jurados pelo crime dos irmãos Rua e Damião Reis, em 2018. Ele participa por videoconferência, considerando que está no Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia.
Os casos estão na lista dos julgamentos agendados pelo Juízo da Primeira Vara Criminal de Vitória, responsável pelo Tribunal do Júri da Capital para o próximo mês. As datas podem ser alteradas de acordo com a tramitação dos processos. O espaço segue aberto para os advogados que não foram localizados se manifestarem.
Atualização
5 de maio de 2025 às 11:00
O crime contra Katyuscia Gomes de Mello foi uma tentativa de homicídio e não um assassinato, como publicado anteriormente. O texto foi atualizado.
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