A jornalista Renata Rasseli cobre os eventos sociais, culturais e empresariais mais importantes do Estado. Sua marca é aliar notícias a tendências de moda, luxo, turismo e estilo de vida

Como fica o comércio online pós-pandemia? Empresários do ES respondem

Delivery e vendas por WhatsApp e Instagram são as ferramentas utilizadas pelos comerciantes dos setores de moda, alimentação e farmácia para encarar o pós-pandemia

Publicado em 11/05/2020 às 16h11
Atualizado em 11/05/2020 às 16h12
Compras on-line durante a pandemia: a região Sudeste  apresentou crescimento de 22,39% nas vendas, em março de 2020,  comparado com o mês anterior (Índice MCC-ENET)
Compras on-line durante a pandemia. Crédito: Photo by PhotoMIX Ltd. from Pexels

 Obrigados a fechar as portas pela pandemia do coronavírus, varejistas brasileiros aumentaram sua presença no comércio eletrônico em poucas semanas.  Dados mostram que o comércio eletrônico ganhou quatro milhões de novos clientes na pandemia. Os consumidores compraram 30% a mais na Internet em abril na comparação com março. E mesmo com a reabertura gradual do comércio pós-pandemia, muitos comerciantes que tiveram a experiência do online pretendem manter e inclusive incentivar o e-commerce como uma das práticas comerciais. Empresários do ES seguem a mesma tendência e fazem suas apostas para o comércio online pós-coronavírus. Confira:

  1. 01

    Cesinha Saade, presidente da Associação Comercial da Praia do Canto e proprietário da Libanesa Homem e Maison Libanesa

    "A pandemia do Covid-19 nos surpreendeu com período de lojas fechadas que a grande maioria dos comerciantes nunca tinha passado. Lojas fechadas, vendas zeradas? Não, o empreendedor brasileiro é extremamente criativo e determinado, fruto de um ambiente empresarial quase sempre hostil a quem arrisca empreender no nosso país! Dito isso, os empresários que não tinham as suas lojas online, foram a luta para se inserir nessa nova realidade do mercado em que o delivery ou drive thru seriam as únicas maneiras de fazer os produtos chegarem nos clientes. Uma modalidade de atendimento que se destacou nesse novo cenário foi via o WhatsApp, pois para um atendimento mais personalizado é uma ferramenta perfeita em que você interage com o cliente, mandando fotos com opções de produtos, dando sugestões e consultoria sobre o que o cliente comprar! Essa interação você não tem na loja online. O Instagram também se tornou fundamental para essa comunicação com o cliente através de fotos  vídeos explicativos."

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    02

    Raigna Vasconcelos, farmacêutica e sócio da Farmácia Alquimia

    "Para mim está muito claro os rumos do comércio online. As pessoas que tinham algum medo de serem roubadas ou barreiras para fazer uma compra online, neste momento, elas foram forçadas a viver a experiência da compra online e viram que não foi traumático e é um processo seguro. A barreira foi rompida e é um caminho sem volta. Já era, mas a pandemia fez acelerar a velocidade dessa transformação”.

  3. 03

    Larissa Baiocco, proprietária do Casa Quatro e da confeitaria Vem que Tem Bolo

    "Nós mudamos tudo durante esse período, estamos em um "modo sobrevivência " reaprendendo como operar nesse momento. Como você conheceu o forte da nossa casa sempre foi receber muito bem. Ambiente, atendimento, cardápio, tudo pensado em quem ia para o restaurante. Quando abrimos  há 1 ano atrás a gente nem quis entrar nos aplicativos por causa dessa preferência. Mas com o tempo vimos a necessidade, e agora a obrigação. Nós mudamos horário (vimos no almoço uma oportunidade que antes não tínhamos), mudamos cardápio por completo (hoje a cada 2 dias temos 100% cardápio novo) . E na equipe mudamos o horário do time da cozinha. Atendimento e administrativo estão naquela suspensão de auxilio do governo. Só voltam quando reabrir a casa para atendimento. É um formato de conseguirmos honrar com os compromissos principais e não demitir ninguém. A confeitaria sempre foi muito por encomenda, então tem se mantido, apesar desse período ter menos festas também. Pelo menos em casa com a família as pessoas continuam celebrando. Tenho feito bolos menores para aniversário. Estamos seguindo com fé e entendendo esse momento para tentar voltar menor.. Quanto ao pós, a gente acredita que ainda demora bastante. Não basta o governo autorizar, as pessoas precisam ter confiança de sair de casa e encontrar amigos, confraternizar, fazer eventos. Esse sempre foi o forte da nossa casa. Nós acreditamos em uma demanda reprimida pelo encontro e temos certeza que a casa vai ficar cheia quando a "normalidade" voltar. Mas sabemos que não será como antes. E vemos até oportunidade no delivery e nos aplicativos. Nós vamos continuar entregando e com perfil nos aplicativos estamos até investindo em um app próprio, para as pessoas baixarem direto nos seus telefones."

  4. 04

    Laura Daher, proprietária da Vila Dora Daher

    "Na loja vínhamos notando um crescimento grande do online no último ano, o número de novas clientes na loja mais que dobrou, e essa conquista era na maioria das vezes através de redes sociais. Durante a pandemia reforçamos alguns serviços que já realizávamos na loja como o "try at home", serviço de delivery personalizado onde mandamos uma malinha de roupas para que a cliente prove em casa, no horário mais conveniente para a mesma. Além das vendas via WhatsApp e Instagram. Quando a cliente vê uma produção proposta por nós e se interessa na peça. Porém essa semana estamos especialmente animadas, porque lançaremos o nosso site, um sonho antigo, mas por muito tempo deixado para depois. E agora acreditamos que é uma das melhores formas de estar perto de nossas clientes, apesar da distância. O momento é de crise, de preocupação, mas a moda não pode parar, é uma indústria muito significativa para nosso país e temos orgulho e paixão por fazer parte! Esperamos o retorno breve para as atividades presenciais, porém o virtual que era uma realidade eminente chegou para ficar, sem dúvidas."

  5. 05

    Gilceia prudêncio, proprietária da Caxuxa Modas

    "O Whatsapp e as redes sociais têm sido uma ferramenta muito importante para divulgar nossos produtos e falar com nossas clientes sem que elas precisem sair de casa. É como uma vitrine onde podemos expor as roupas. Desde que começamos a utilizar a comunicação online, percebemos uma grande satisfação das clientes e resultados melhores em relação às vendas."

  6. 06

    Paula Breder,  proprietária do Maison Paula Breder

    "Para mim, o comércio online sempre foi uma realidade, pois possuo o site da minha empresa com todos os produtos naturais que fabrico disponíveis para minhas clientes e, além disso, tenho nas mídias sociais um canal em que interajo o tempo inteiro com clientes e possíveis novos clientes que tiram dúvidas e procuram saber mais sobre os tratamentos que disponibilizamos no salão. Para mim a tendência é que a empresa que nunca investiu no meio, seja nas mídias, em uma assessoria e no marketing vai fazê-lo e tentar aproximar-se ainda mais de seu público", diz Paula Breder, terapeuta capilar naturalista e proprietária do Maison Paula Breder.

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