O deputado federal eleito Gilson Daniel (Podemos) não vai voltar ao governo Renato Casagrande (PSB). Ele já havia externado à coluna que somente deixaria de assumir o mandato se fosse para assumir a Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) ou a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag).
Nem uma nem outra, entretanto, lhe foi oferecida. O governador decidiu não "puxar" o aliado para o primeiro escalão. Assim, o ex-secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, também filiado ao Podemos, não vai assumir uma cadeira na Câmara. Ele é o primeiro suplente de Gilson.
No entorno de Casagrande, a explicação para a decisão é simples e pragmática: caso o fizesse, o socialista abriria as portas para uma infinidade de pedidos similares.
A aliança que reelegeu o governador é ampla e vários partidos gostariam de ver um deputado eleito virar secretário para que outro correligionário ascendesse à Câmara dos Deputados.
Como não se pode agradar a todos, o melhor é não fazer isso por nenhum deles.
Ramalho, por sua vez, foi convidado a retornar à Sesp. A preferência do coronel era virar deputado.
Gilson Daniel, que preside o Podemos estadual, também já afirmou à coluna que tem um compromisso com o militar: "Ou ele vai para o mandato, ou para uma secretaria, ou para o meu gabinete".
Assim, Ramalho até pode ir para Brasília, mas como assessor de deputado.
SINAIS, SINAIS FORTES SINAIS
Como o colunista Abdo Filho registrou, o nome mais cotado para a Seag é o do ex-secretário da pasta Enio Bergoli.
Quem vai ser decisivo para a escolha é o vice-governador eleito Ricardo Ferraço (PSDB), futuro secretário de Desenvolvimento.
O tucano, de acordo com o governador, vai ter ascendência sobre todos os demais integrantes da equipe e coordenar, especificamente, ainda as áreas de Meio Ambiente e Agricultura.
Os setores empresarial e do agro, com os quais Ricardo tem bastante trânsito, têm simpatia por Bergoli.
Já a Sedurb está, hoje, nas mãos do PP, outro aliado de primeira hora de Casagrande.
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